A face (nada) oculta da CPI da Covid

Após 6 meses de trabalho, o relatório lista crimes contra a humanidade e há quem lamente o “sangue das vítimas que escorre nas mãos de quem subestimou o vírus”

Eis o prontuário. Falta o castigoCom este título, o texto de André Barrocal, na revista Carta Capital, edição 1180, é arrasador. Alguém, ele mesmo, o do Palácio do Planalto, certamente iria corrigir: arrasador é com Z! Mas, voltando à matéria de Barrocal, temos que “o relatório final de Renan Calheiros na CPI da Covid lista crimes contra a humanidade e de responsabilidade de Bolsonaro. O país e seus mais de 600 mil mortos querem justiça. Haverá?”.  

O relatório é resultado de 6 meses de trabalho. Ainda do texto de Barrocal: consta que a CPI foi criada por ordem do Supremo Tribunal Federal “diante da cara de paisagem do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do DEM”.  

Os crimes, um por um  

E aí temos, com o devido destaque gráfico, o que a imprensa (não plural) deixou de noticiar: “Os 9 crimes de Bolsonaro, segundo o relatório final da CPI”:  

– Epidemia com resultado de morte (artigo 267 do Código Penal): de 10 a 15 anos de prisão.  

– Infração de medida sanitária preventiva (Código Penal, artigo 268): de 1 a 12 meses de prisão.  

– Charlatanismo (artigo 283 do Código Penal): de 3 a 12 meses.  

– Incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal): de 3 a 6 meses.  

– Falsificação de documento particular (artigo 298 do Código Penal): de 1 a 5 anos.  

– Emprego irregular de verbas públicas (artigo 315 do Código Penal): de 1 a 3 meses.  

– Prevaricação (artigo 319 do Código Penal): de 3 a 12 meses.  

– Crime contra a humanidade (artigo 7 do Tratado de Roma):  

– Crime de responsabilidade (artigo 7 do da Lei do Impeachment).  

E, concluindo o texto, André Barrocal é mais uma vez fulminante:  

– O sangue dessas mais de 600 mil vítimas escorre nas mãos de cada um que subestimou este vírus.

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