Semana decide se Ratinho dá reajuste ou enfrenta greve

Funcionalismo espera ter resposta sobre reposição inflacionária até sexta

A semana que começa será decisiva para definir o salário do funcionalismo público paranaense, a situação das contas do estado e a possibilidade de uma greve que – tudo indica -0 pode ser prolongada.

Os sindicatos dos servidores esperam até sexta-feira uma resposta de Ratinho Jr. (PSD) sobre a reposição das perdas inflacionárias. Exigem pelo menos os 4,94% comidos pela inflação nos últimos 12 meses, e topam negociar o restante dos 17% acumulados.

Sem reajuste há três anos, desde o governo de Beto Richa (PSDB), os servidores dizem não ter como aguentar mais um ano sem pelo menos repor a inflação. Segundo os cálculos do economista Cid Cordeiro, é como se cada funcionário tivesse perdido dois salários do ano, na comparação com o que recebia em 2016.

O governo do estado já decidiu que não vai oferecer qualquer reposição. Conforme revelou o Plural, pretende dar reposição zero em 2019 – e mesmo para 2020 diz não ter certeza se oferecerá algo. Tudo dependeria da economia e da situação fiscal do estado.

A essa altura, fica evidente que a greve vai acontecer. Já tem até data marcada: no dia 25, param todos. Ficaremos sem escolas, sem agentes penitenciários, sem universidades estaduais… Só mesmo as polícias não param, e isso porque a lei não permite. De resto, até a fiel PM já demonstra insatisfação.

Ratinho, quando deputado, exigiu do governo de Cida Borghetti (PP), no ano passado, um reajuste que contemplasse a inflação. Fez campanha com base nisso. É questão de dizer se foi demagogo na época ou se está sendo incapaz na gestão agora.

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