Manobra de paranaenses evita derrota do voto impresso na Câmara

Bolsonarista Filipe Barros evitou que PEC fosse votada e derrotada

Uma manobra de dois deputados paranaenses manteve vivas as chances de aprovação do chamado “voto impresso auditável” na Câmara. Um grupo de vinte parlamentares contrários à obrigatoriedade do registro do voto em papel tinha conseguido uma convocação da comissão especial que analisa o tema. A impressão era que, se votassem o projeto, a ideia do governo Jair Bolsonaro (sem partido) seria enterrada de vez.

No entanto, o relator da Proposta de Emenda Constitucional, o paranaense Filipe Barros (PSL), usou um artifício do regimento: disse que apareceram sugestões que ele gostaria de incorporar – e nesse caso a regra permite que ele refaça seu relatório até a sessão seguinte da comissão. Presidente da Comissão Especial, Paulo Eduardo Martins (PSC) acatou o pedido protelatório do relator.

Mesmo assim, as chances de a PEC ser aprovada são cada vez menores. A próxima sessão da Comissão Especial ficou para depois do recesso parlamentar, em 5 de agosto. Para que valha em 2022, qualquer nova regra eleitoral precisa estar em vigor um ano antes da eleição. Ou seja: todo o processo na Câmara e no Senado precisa estar pronto antes da primeira semana de outubro. E os partidos de centro e de esquerda já deixam claro que não vão deixar que a aprovação aconteça.

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