Incapacidade da polícia para prender criminosos de Guarapuava derruba secretário de Ratinho

Coronel Romulo Marinho Soares será substituído por delegado Wagner Mesquita, da PF. Nove dias depois de assalto que apavorou cidade, ninguém foi preso

O pânico causado pela invasão de uma quadrilha em Guarapuava e a incapacidade da polícia em prender os criminosos levaram à demissão do Secretário da Segurança Pública do governo Ratinho Jr. (PSD) nesta quarta-feira (27). O coronel do Exército Romulo Marinho Soares foi demitido, e será substituído pelo delegado Wagner Mesquita, da Polícia Federal.

No comunicado à imprensa Ratinho fez parecer que se trata de uma mudança casual, não associada ao terror de Guarapuava. Elogiou o secretário que está de partida e disse, protocolarmente, que a partir de agora ele cumprirá “nova missão”, sem dizer d que se trata.

Wagner Mesquita, que estava à frente do Detran, será o primeiro civil a comandar a Sesp no governo de Ratinho, após dois coronéis. Em seu lugar no Detran assume o também delegado federal Adriano Furtado. A troca oficial de comando acontece ainda nesta semana, segundo o governo.

Sem presos

A tentativa de assalto a uma empresa de guarda de valores em Guarapuava aconteceu no dia 18. Em nove dias, a polícia não conseguiu prender nenhum dos supostos 30 membros do grupo, que causou tiroteio e pavor nas ruas da cidade. Dois homens foram detidos e interrogados, mas liberados por falta de provas.

Além de não conseguir conter os criminosos na hora, a polícia se viu fragilizada com as declarações de associações de praças, afirmando que não foi utilizado nenhum plano de contingência e que o primeiro confronto foi dado por policiais de folga que agiram por conta própria.

A gota d’água para a permanência do secretário foi a morte de um cabo da PM baleado durante o assalto. O cabo Ricieri Chagas teve morte cerebral decretada neste fim de semana.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

O (des)encontro com Têmis

Têmis gostaria de ir ao encontro de Maria, uma jovem vítima de violência doméstica, mas o Brasil foi o grande responsável pelo desencontro

Leia mais »

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima