Gaeco cumpre busca e apreensão em gabinete de bolsonarista Ricardo Arruda

Ricardo Arruda
Suspeita é de que deputado estaria praticando rachadinha em seu gabinete, diz Ministério Público

O Gaeco foi ao gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda (PL) na manhã desta quarta-feira (25) para cumprir um mandado de busca e apreensão. O Ministério Público divulgou nota informando que a investigação tem a ver com suspeitas de apropriação indevida de salários do gabinete – prática conhecida como rachadinha. No entanto, não há muitas informações porque o caso tramita em segredo de justiça.

Segundo o Ministério Público, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, não só em Curitiba como também em dois municípios do estado de São Paulo. A operação passou por aval do Órgão Especial do Tribunal de Justiça. O MP afirma que a Assembleia está colaborando com as investigações.

Arruda, que está em seu terceiro mandato como deputado estadual, é hoje a voz mais estridente do bolsonarismo na Assembleia Legislativa. Foi repreendido recentemente pelos colegas deputados por não passar um único dia sem subir à tribuna para falar de assuntos nacionais e internacionais, sempre com ênfase em ataques pouco civilizados ao Presidente Lula e à esquerda. Segundo os deputados, as brigas que isso causa e o tom belicoso de Arruda estariam tornando o clima do plenário “tóxico”.

Em março deste ano, veio à tona a informação de que Arruda estaria sendo investigado por cobrar altos valores de ex-PMs expulsos da corporação, prometendo usar sua influência para reintegrá-los. O Plural teve acesso aos documentos na época, que continham depoimentos de ex-assessores. O total dos valores extorquidos, segundo a investigação, estavam em torno de R$ 350 mil.

Arruda negou qualquer participação em esquemas ilícitos e colocou toda a culpa de possíveis desvios em seus ex-assessores ouvidos na investigação.

O processo contra Ricardo Arruda também indicava uso ilegal de dinheiro público. De acordo com as investigações, o político e dois de seus ex-assessores desviaram R$ 17.635 mil da Assembleia Legislativa.

O dinheiro, afirma a denúncia, foi solicitado como reembolso para pagar serviços informais prestados ao deputado, mas, na verdade, teria sido empregado no pagamento de conteúdos sobre Arruda em um jornal evangélico, com fins eleitorais.

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