Alexandre Curi deve ser sucessor de Traiano na Presidência da Assembleia

Eleição interna deve ocorrer no segundo semestre, mas posse só no ano que vem

Há um consenso se formando na Assembleia Legislativa do Paraná: o próximo presidente será o deputado Alexandre Curi (PSD). Atual primeiro-secretário, Curi deverá ser eleito no segundo semestre deste ano, para tomar posse no início do ano que vem. Ficará por dois anos no cargo que, por várias vezes, pertenceu a seu avô, o falecido Anibal Khury.

A eleição de Curi já era dada como provável antes mesmo de Ademar Traiano (PSD), presidente há uma década, cair em desgraça. No entanto, depois da revelação de que Traiano confessou ter recebido R$ 100 mil em propina, a possibilidade de ele tentar mais um mandato na Presidência ficou totalmente inviabilizada.

Curi é visto como o mais hábil articulador da Assembleia, e está sempre entre os deputados estaduais mais votados, representando dezenas de prefeitos no interior. Apostava-se que ele chegaria à Presidência da Assembleia mais cedo, porém em 2010 o escândalo dos Diários Secretos interrompeu sua ascensão.

Hoje, Curi tem o discurso de que todos os processos que o envolviam foram encerrados, e já sonha com voos mais altos. Pensa em concorrer a algum mandato Executivo já em 2026. A Presidência da Assembleia, neste sentido, seria apenas um primeiro passo.

A disputa agora, na formação das chapas para a eleição interna, é pela primeira-secretaria, o cargo com mais poder na Assembleia depois da Presidência. Dizem que há quatro candidatos tentando se viabilizar no momento.

Um deles é o próprio Traiano, que ainda acredita poder salvar parte de seu poder, apesar do escândalo da propina. Outro é o atual líder do governo Ratinho na Assembleia, Hussein Bakri (PSD). O terceiro nome é o do deputado Marcel Micheletto (PL), atual vice-presidente do parlamento. A quarta candidata é a deputada Maria Victoria (PP), segunda-secretária e que tem como trunfo o fato de ser filha da ex-governadora Cida Borghetti (PP) e do deputado federal Ricardo Barros (PP).

Cogita-se que a eleição, que em tese poderia ocorrer até em fevereiro do ano que vem, deva ser agendada para o começo do segundo semestre, antes das eleições municipais.

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