Os aeroportos do interior do Paraná viviam um grande momento no início de 2020, com ampliação de destinos e frequências de voos. A pandemia da Covid-19, entretanto, impactou diretamente o setor aéreo e isso respingou por aqui. Mas os aviões comerciais estão voltando ao estado, mesmo que ainda em um ritmo lento.
Na última quarta-feira (2), a Gol retornou a Londrina, com voos para Guarulhos. Na próxima terça-feira (8), Ponta Grossa terá novamente a ligação da Voepass com Congonhas. E no dia 14 de setembro, a Azul reiniciará a rota entre Cascavel e Campinas e aumentará a frequência de voos entre Maringá e Campinas.
Esses são exemplos de uma retomada gradual. Ainda vai um tempo até que o mesmo patamar pré-pandemia seja atingido em todas as cidades do interior, o que deve ocorrer somente em 2021. Mas em alguns casos, a recuperação total está programada já para este ano.
De acordo com o Sistema de Registro de Operações (Siros) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que reúne as informações da malha aérea do Brasil, a previsão é que Cascavel tenha em novembro os mesmos sete voos diários de março. Maringá pode atingir 13 voos diários em novembro, um a mais que no período pré-pandemia.
Essa retomada mais rápida em Cascavel e Maringá coincide com a melhoria da infraestrutura. No caso da cidade do Oeste, o novo terminal de passageiros com duas pontes de embarque será inaugurado em setembro. Já o aeroporto do Noroeste passa por obras de ampliação da pista de pouso e pátio de aeronaves, e construção de uma nova pista de taxiamento.
Do outro lado, Pato Branco e Toledo, que tinham voos da Azul, ainda não voltaram à malha da empresa. Além dessas duas, as outras cidades que faziam parte do projeto Voe Paraná, com voos da Gol operados pela TwoFlex, estão sem previsão de retorno. Neste caso, a dúvida é maior, pois a TwoFlex foi adquirida pela Azul e transformada na Azul Conecta. E por enquanto a companhia não divulgou os planos para o Paraná.
Sobre o/a autor/a
Gustavo Ribeiro
Jornalista e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal), pesquisa e escreve sobre aviação desde 2006.