Está pronta para ser instalada na Câmara Federal uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as práticas da Operação Lava Jato. O requerimento para criação da comissão precisava de no mínimo 171 assinaturas e, ao todo, 176 deputados assinaram o requerimento. Entre eles, estão oito parlamentares paranaenses.
Os deputados que assinaram a CPI são: Aliel Machado (PSB), Enio Verri (PT), Gleisi Hoffmann (PT), Evandro Roman (PSD), Zeca Dirceu (PT), Leandre Del Ponte (PV), José Carlos Schiavinato (PR) e Ricardo Barros (PP). A primeira tentativa de instalar uma comissão contra a Lava Jato aconteceu em 2018, mas não vingou.
Em 2019, um pedido de CPI da “Vaza Jato” foi protocolado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE). O protocolo tinha a função de investigar as mensagens de autoridades da Lava Jato, reveladas por hackers no ano passado. O requerimento foi protocolado em 12 de setembro, com 176 assinaturas.
No entanto, após a repercussão negativa da investigação na época, 20 parlamentares pediram para ser retirados da lista de apoio a CPI, incluindo o deputado Schiavinato. Apesar disso, o regimento interno da Câmara não permite que isso acontecesse.
Fim do “lavajatismo”
Como a comissão já tem assinaturas suficientes, cabe ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidir o momento de instalar a CPI da Lava Jato, dando que os partidos indiquem os seus representantes. Apesar do histórico, a ideia da CPI foi resgatada por vários atores políticos depois de declarações do Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras.
Aras declarou que a Operação Lava Jato é uma “caixa de segredos”, que guarda dados de mais de 38 mil pessoas. Segundo ele, sua função é fazer com que essas informações não sirvam para “chantagens e extorsões”. O procurador afirma que é preciso “corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”.