De todos os secretários da gestão de Ratinho Jr. (PSD), a aposta é que quem terá um começo de governo mais difícil é o da Educação, Renato Feder. Primeiro porque o tema é complexo. Segundo, porque o perfil dele pode não se encaixar bem nas necessidades.
Além de ser um assunto espinhoso, com centenas de colégios, cem mil professores e centenas de milhares de alunos, a rede estadual de ensino tem problemas emergenciais. O principal deles é a insatisfação dos professores, que estão sem receber reajuste de inflação há três anos.
A categoria também reivindica mudança na forma como a hora-atividade é calculada e uma série de melhorias que jamais foram atendidas na gestão de Beto Richa (PSDB). Mas Feder não tem dinheiro para fazer o que seria necessário, e vai ter que ter calma nas negociações.
A primeira reunião com o sindicato, a APP, nesta segunda-feira, foi um tanto tensa. A análise dos professores é de que Feder até parece bem intencionado, disposto a negociar, mas é “totalmente empresarial”. Ou seja: não conhece as peculiaridades do ensino público.
Feder é CEO de uma empresa da área de eletrônicos e informática. Agora, de uma hora para outra, se vê cercado de professores, alunos e sindicalistas, todos apresentando questões complexas e tem de lidar com isso usando um orçamento apertado.
Por outro lado, Feder também pode ter problemas com os políticos. Os deputados estaduais estão acostumados a indicar chefes de núcleos da Secretaria da Educação. Agora, o secretário diz que quer indicar nomes técnicos – ideia que dá arrepios em quem quer usar a secretaria como máquina eleitoral.
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