A cultura funciona como uma rede de produção e compartilhamento de uma sociedade. Seu acesso é direito de todos. O teatro, por exemplo, quando sai das salas acusticamente planejadas e faz das ruas o seu palco, converte o espaço urbano em uma grande vitrine cultural. Esta ação possibilita que a parte da população excluída, que não frequenta aquelas salas, consiga se aproximar e participar efetivamente da construção da cultura.
Nesta série fotográfica, o teatro mostra seu potencial de transformar o espaço urbano. Quando as peças são encenadas nas passagens (e paisagens) da cidade, como na rua XV de Novembro, há quem pare no trajeto para assistir em um deslocamento do cotidiano habitual, fenômeno tão próprio das artes; há quem olhe de relance e siga, como se aquele palco fosse efetivamente parte integrante daquele espaço, como se os prédios e vias fossem parte do cenário.
Sua democratização (quantitativamente e qualitativamente) é mais do que necessária. É fundamental e urgente. Se é direito de todos, que os palcos estejam onde as pessoas estão.
Orientadora – Márcia Boroski (professora e jornalista)
Sobre o/a autor/a
Natália Schultz Jucoski
Jornalista em formação pelo Centro Universitário Internacional Uninter. Apaixonada por cinema e fotografia. Uma curitibana que adora registrar a beleza na natureza, a beleza no concreto e a beleza nos detalhes.