Sindicato critica Prêmio de Desempenho da Copel e afirma que funcionários da base são prejudicados

Para o Senge, diretores podem receber até seis remunerações ao bater a meta, enquanto demais trabalhadores só recebem uma

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge), por meio do site oficial, criticou a disparidade na distribuição dos lucros da Copel. A empresa tive lucro líquido de R$ 5 bilhões em 2021, mais de 29% que no ano anterior.

O que seria uma boa notícia para os funcionários, rendeu mais para a diretoria. Isso porque voga o Prêmio Por Desempenho (PPD), implementado ano passado, mas que já foi pago à diretoria em 2019.

O PPD é autoexplicativo: setores que cumprem as metas são remunerados e os que superam acima de 20% recebem premiações proporcionais. “Só que o modelo é injusto porque cria uma desigualdade na hora de distribuir os faturamentos porque os empregados só podem receber uma remuneração, que é um valor menor em relação ao que era pago com o abono salarial”, explica o presidente do Sindicato, Leandro Grass ao Plural.

O relatório com a remuneração total reconhecida para o exercício social de 2019 mostra que sete membros da diretoria receberam R$ 4,9 milhões em salários. Já o bônus, via PPD, chegou a R$ 2,7 milhões.

A distribuição dos lucros entre os acionistas também foi alvo de críticas na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O deputado Soldado Fruet (PROS) disse que se o rateio seguisse o mínimo de 25% de distribuição do lucro, a conta do consumidor paranaense poderia ficar 15% menor.

Expansão

Para melhorar ainda mais os negócios, recentemente a Copel divulgou que deve investir no Complexo Eólico Jandaíra cerca de R$ 411 milhões e conta com financiamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para aproximadamente 50% do investimento previsto.

A Copel vendeu no ACR 30% da energia a ser gerada pelo Complexo ao preço de R$ 98 o MWh no leilão de energia nova A-6, promovido no dia 18 de outubro de 2019 pela Aneel. Os contratos terão 20 anos de duração e o início do fornecimento está previsto para 2025. Os 70% restantes e a energia produzida antes de 2025 serão negociados no ACL pela Copel Mercado Livre.

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