Ela batalhou pelas domésticas, contra o racismo e se alistou para enfrentar Hitler

Podcast "Quero te apresentar uma pessoa" conta a história de Laudelina de Campos Melo

Em 2020, o Google fez um favor para o Brasil: por meio de um doodle (aqueles desenhos que eles colocam para celebrar algo na capa, de vez em quando) homenageou Laudelina de Campos Melo. Com isso muita gente passou a saber quem foi essa figura sensacional que dedicou a maior parte da vida a melhorar as condições de vida das empregadas domésticas do país.

Neta de escravos, Laudelina nasceu em Poços de Caldas (MG) em 1904 – dezesseis anos depois da Lei Áurea. Descobriu com o tempo que os negros que faziam trabalhos domésticos ainda eram tratados com violência e desprezo pelos patrões, e resolveu militar pelos direitos das empregadas. Isso aconteceu nos anos 1920, quase um século antes de as domésticas ganharem direitos trabalhistas no Brasil.

Laudelina fez tudo que estava a seu alcance: fundou associação, militou no sindicato, participou da Frente Negra. Tudo isso enquanto continuava trabalhando de doméstica. Foi uma pioneira e pagou o preço por isso: várias de suas iniciativas foram banidas pelo Estado Novo de Getulio Vargas e pela ditadura de 1964.

Numa época em que o preconceito era ainda maior do que hoje, Laudelina também conseguiu que jornais deixassem de publicar anúncios racistas, com textos que davam “preferência” para candidatas brancas. Mais do que isso: sabendo que a Alemanha nazista era racista, se alistou para combater na Segunda Guerra.

Laudelina é a retratada da semana no podcast “Quero te apresentar uma pessoa”, que o Plural produz em parceria com o Colégio Internacional Esic. A ideia do podcast é relatar a vida de brasileiros que dedicaram suas vidas a causas importantes e que nem sempre foram reconhecidos pelo seu trabalho ou que são menos conhecidos do que poderiam.

O programa já retratou pessoas como Bertha Lutz, Eugênia Álvaro Moreira e João do Amaral Gurgel. Você pode acompanhar o programa nas principais plataformas de podcast.

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2 comentários em “Ela batalhou pelas domésticas, contra o racismo e se alistou para enfrentar Hitler”

  1. Tem palavras equivocadas nesse texto, que já não podemos mais tolerar.
    Nós Negros, nunca fomos escravos, fomos escravizados.
    Portanto Laudelina era filha de escravizados. Preconceito e Racismo são palavras com significados diferente. Reveja pôr favor. Obrigada

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