Ocupação Nova Esperança participa da Taça das Favelas

O primeiro jogo masculino da comunidade vai acontecer no dia 13 de agosto

A ocupação Nova Esperança, localizada em Campo Magro, região metropolitana de Curitiba,  irá representar o município no maior campeonato do mundo entre as comunidades “Taça das Favelas”. O campeonato  é organizado pela Central Única das Favelas (CUFA) desde 2012. Todos os anos há jogos, por conta da Covid 19 foi suspenso por 2 anos, e agora com fôlego retomam. 

A comunidade que tem dois anos e é organizada pelo Movimento Popular por Moradia (MPM) conta com 60 atletas entre eles femininos e masculinos que representam o Clube Esportivo Nova Esperança (CENE). Para além de jogar bola e participar de torneios e campeonatos, o clube foi criado para incentivar a educação e compromisso dos jovens. “Para participar tem que estar estudando e com notas boas, pois para ser um grande atleta a educação vem em primeiro lugar, se está difícil acompanhar na escola os educandos contam com aulas de reforço na comunidade”, diz o professor do Clube, Samuel Santos. 

Professor do CENE, Samuel Santos. Foto: Juliana Barbosa 

O espaço onde hoje é realizado os treinos não existia antigamente, era apenas mato, assim como toda a comunidade antes de ser ocupada, um lugar em ruínas e abandonado. Hoje ainda com pouco recursos as famílias organizaram um campinho de areia com traves de madeira e redes doadas por simpatizantes, os jogadores que irão representar a comunidade estão fazendo esforços para conseguir melhorias. 

“É um grande campeonato e estamos animados para participar, porém tem gastos de transportes, uniformes, bolas as crianças que jogam hoje não tem condições próprias”, reforça o treinador. 

No sábado (6) aconteceu a abertura dos jogos na Vila Olímpica, estádio do Paraná Clube. O primeiro jogo masculino da comunidade vai acontecer no dia 13 de agosto e o feminino no dia 14 de agosto, no mesmo local. “A comunidade está toda animada e estará na torcida em todos os jogos, temos a ênfase de ser campeões e trazer esse título para nossa comunidade”. conclui Samuel Santos. 

Fotos: Juliana Barbosa

Este texto faz parte do Periferias Plurais, projeto do Plural que convida seis jovens de Curitiba e região a relatar suas vidas e suas comunidades.

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