A Sociedade Paranaense de Pediatria, em nota enviada ao Plural, afirmou nesta quarta, dia 19 de junho, que “é imprescindível a presença de, pelo menos, dois pediatras de plantão, ininterruptamente, nas unidades de pronto atendimento”. Em reportagem este veículo apontou que a UPA CIDADE INDUSTRIAL, única de Curitiba a ser gerida por uma organização social, não tem um pediatra de plantão.
Nesta quarta, o Conselho Municipal de Saúde discute a expansão do modelo da UPA CIC para as demais oito UPAs da capital.
Em resposta a reportagem do Plural, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a natureza do atendimento nas UPAs é de urgência e emergência, que o objetivo é estabilizar o paciente. “O Ministério da Saúde e o CFM não preveem a presença de qualquer especialista nas UPAs. Assim, quando alguém procura uma UPA, por conta de um infarto, por exemplo, ele não é atendido por um cardiologista. O mesmo vale para AVC, emergências cirúrgicas ou mesmo psiquiátricas. Isto porque o foco do atendimento nas UPAs não é relacionado às especialidades médicas, mas, sim, ao primeiro atendimento às urgências”, diz a nota encaminhada pela assessoria da Secretaria.
Já a Sociedade Paranaense de Pediatria informa que “os médicos generalistas que comumente acabam prestando atendimento às crianças, nem sempre estão preparados ou se sentem seguros para intervir em um infante em estado de urgência, pois as intervenções pediátricas são muito específicas e demandam atendimento especializado”.
A entidade recomenda ainda que a prefeitura, caso opte pelo modelo de terceirização, garanta no edital de contratação, “a presença dos pediatras em plantão ininterrupto, para assegurar a segurança das crianças”.
https://www.plural.jor.br/projeto-modelo-upa-da-cic-e-a-unica-sem-pediatra/
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