Universidades estaduais do Paraná têm paralisação de servidores contra reajuste proposto por Ratinho

Professores e técnicos da Unespar, UEM, Unicentro, UEL, UEPG e Unioeste interromperam as atividades nesta terça-feira

Nesta terça-feira (11) professores e técnicos das universidades estaduais do Paraná estão parados para protestar contra o reajuste de 5,79% nos salários anunciado pelo governador Ratinho Jr. (PSD). De acordo com o Comando Sindical, a defasagem salarial está em 40% desde 2016.

Na última semana os servidores enviaram uma carta aberta aos deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na qual afirmam que há desvalorização da categoria. “Em termos absolutos, até fevereiro deste ano, com ínfimas reposições em 2020 (2%) e 2022 (3%), os salários acumularam 41,3% de defasagem desde 2016”, diz o documento.

O Paraná tem sete estaduais: Unespar, UEM, Unicentro UEL, UEPG, Unioeste e UENP. Nelas estudam e trabalham mais de 100 mil pessoas. Em todas as regiões do Estado, de acordo com os sindicalistas, houve adesão à paralisação desta terça.

Em Ponta Grossa os dois campus da UEPG contabilizam cerca de 80% de adesão à paralisação. Pela manhã membros do sindicato visitaram os locais e deve ocorrer uma nova assembleia ainda nesta semana.

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Em Londrina, na UEL, também houve grande adesão. Para o professor Ronaldo Gaspar, presidente do Sindiprol/Aduel, que representa os professores da UEL e da UENP, esse é um momento de mobilização. “Nós não fomos recebidos pelo governo enquanto sindicato. Não há diálogo, ele [Ratinho Jr.] anuncia o que vai fazer ou o que não vai fazer sem ouvir a categoria”, critica o educador.

Reajuste

No mês passado Ratinho Jr. anunciou o reajuste geral de 5,79% para todos os 271 mil servidores ativos e inativos do Estado do Paraná.

A proposta, segundo o Governo do Paraná, será enviada para análise de Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por meio de um projeto de lei, o que deve ocorrer em julho. O estudo técnico conduzido pelo Poder Executivo estima que o impacto aos cofres estaduais será de quase R$ 2 bilhões ao ano. Os reajustes devem começar a ser pagos a partir do mês de agosto a toda a folha.

Professores da UEL aprovam indicativo de greve | Foto: Guilherme Bernardi/Sindiprol/Aduel

O pagamento em agosto também desagradou técnicos e professores das universidades estaduais porque a data-base da categoria, ou seja, o mês para que as correções e reajustes sejam pagos, é maio e não agosto.

Greve

Nesta terça os serviços administrativos e os hospitais universitários mantiveram o atendimento normal, apesar da paralisação.

Até o fim da semana os sindicatos que representam servidores de cada instituição devem realizar reuniões para, deliberar se ocorrerá greve ou não. Em Londrina, nesta manhã já os professores da UEL aprovaram indicativo durante assembleia.

Apesar disso nesta quarta-feira (12) as atividades devem ser retomadas normalmente nas universidades.

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4 comentários em “Universidades estaduais do Paraná têm paralisação de servidores contra reajuste proposto por Ratinho”

  1. adalberto carlos teixiera chaves

    acredito que senão houver uma greve geral dos servidores, esse governador vai continuar com esses desmandos, como se os servidores fossem irrelevantes ele faz o que quer com os servidores que atendem a população, e enche os bolsos dos comissionados. Esse governador é como se fosse um ditador em relação aos serividores.

  2. Cleusa Pereira Nogueira.

    Realmente têm que fazer grave mesmo. Além de não pagar as perdas salariais , ainda joga esses 5,79% para o mês de agosto. Para ser pago em setembro. É muito descaso com o funcionalismo. Sendo que a nossa data base é em maio. Têm que ser feito alguma coisa, não aguentamos mais esse descaso do nosso governador.

    1. Nilzete da Silva Vieira

      Eu também sou funcionária do governo Estadual e não concordo com este aumento que ele propôs pq é muito pouco. E também a ser pago somente no mês de agosto. O nosso trabalho não é valorizado pelo governo. É desolador.

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