A taxa de óbitos por Covid-19 em Curitiba foi quase 10 vezes maior entre pessoas que não estavam vacinadas em relação àquelas que receberam as duas doses ou a dose única do imunizante contra o Sars-Cov-2. A informação, baseada nos dados de mortes de novembro deste ano, é da prefeitura da cidade.
Segundo o município, dos 48 óbitos registrados no mês, 24 foram de pessoas que não estavam imunizadas (vacinadas com as duas doses ou a dose única há mais de 14 dias). Todos tinham mais de 20 anos. Comparando o número de óbitos com o total da população imunizada dentro dessa faixa etária até o dia 30 de novembro, que era de 1,3 milhão, o índice de mortalidade estava em 1,8 óbitos para cada 100 mil pessoas.
Já entre os indivíduos que não tinham completado o esquema vacinal até o último dia de novembro, a taxa foi de 17.2 mortes para cada 100 mil habitantes, o que significa um aumento de 9,6 em relação às pessoas imunizadas.
De acordo com a prefeitura, a efetividade do avanço da vacinação em Curitiba no que diz respeito à prevenção de mortes pode ser comprovada também a médio prazo. Durante os últimos oito meses (de 1º. de março a 30 de novembro), oito em cada 10 mortes foram de pessoas que não estavam imunizadas contra a doença, o que corresponde a 83% dos óbitos.
No mesmo período, das pessoas que morreram tendo o esquema vacinal completo, 20% haviam recebido a segunda dose há mais de cinco meses, o que reforça, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a necessidade da dose de reforço. “Nenhuma vacina é 100% efetiva. A queda da resposta do imunizante no organismo ao longo do tempo acontece para todas as vacinas. Ainda assim, a imunização contra a covid-19 tem contribuído imensamente para termos saído do momento mais crítico da pandemia”, explica o epidemiologista da SMS Diego Spinoza.
Vacinação em Curitiba
Até esta quarta-feira (8), foram vacinadas 1.571.692 pessoas com a primeira dose ou a dose única (Janssen) da vacina contra o coronavírus, o que corresponde a 80,7% dos habitantes da capital. Considerando o recorte da população elegível para a vacinação até o momento – pessoas a partir dos 12 anos – o percentual sobe para 94,3%.
Em relação à população completamente imunizada (com duas doses ou dose única), a cobertura vacinal chega a 72,9%. Considerando o recorte de pessoas com 12 anos completos ou mais, o percentual fica em 85,3%.
O avanço da cobertura vacinal contra a doença também contribui com a redução da circulação do vírus em Curitiba. Essa atenuação da disseminação do Sars-Cov-2 pôde ser notada pela queda no registro de novos casos na cidade: dezembro começou com uma média de 39 novos casos diários.
Ao todo, a capital já aplicou 3.183.397 doses do imunizante, sendo 1.533.432 primeiras doses; 1.383.068 segundas doses; 38.260 doses únicas e 228.637 doses de reforço.
Reportagem sob orientação de João Frey, com informações da prefeitura de Curitiba
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Estou esperando minha terceira dose. Não vamos descuidar neste momento, pois o vírus chegou e não dá sinal de “ir embora”.
Seguimos firmes, Marisa. Com cuidado e ciência. Obrigada pela audiência e pelo seu cuidado com o próximo.