Renato Freitas cobra negociação entre empresa e moradores da ocupação Tiradentes II

Na última semana o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua da Alep

O impasse entre a empresa Essencis e membros do Movimento Popular por Moradia (MPM) por conta da ocupação Tiradentes II, em Curitiba, chegou à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua, Renato Freitas (PT), cobrou diálogo para as 70 famílias que vivem o risco de despejo.

A Justiça autorizou a reintegração de posse da área, que fica no CIC, e na após a deliberação moradores fizeram um protesto fechando a acesso dos caminhões que acessam o lixão da empresa, que fica próximo ao local das moradias. A decisão autoriza ação policial se necessário.

Repercussão

No sábado (30) o secretário Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, visitou Curitiba para cumprir agenda e foi informado sobre a situação pelo Movimento Popular Por Moradia (MPM). Ele visitou pessoalmente a ocupação Tiradentes II.

“Eu vim aqui para dar um recado do Ministério das Cidades, do presidente Lula (PT): se depender do Governo Federal a comunidade Tiradentes II fica”, destacou o secretário.

Na Câmara Municipal vereadores também chamaram atenção para a insegurança dos moradores. Giorgia Prates (PT), que acompanha o caso desde o início da criação da comunidade, participou da visita. “A presença do Ministério [das cidades] nessa comunidade é de extrema relevância, já que atualmente mais de 70 famílias que vivem no local estão sob risco”.

Insalubre

A unidade da Essencis no CIC recebe cerca de 200 toneladas de lixo por dia, que é um risco potencial para quem ocupa as regiões próximas, mas não tem outra opção de moradia. Na decisão da Justiça o risco sanitário é apontado, bem como a necessidade de um plano de realocação das pessoas em caso de reintegração.

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“A cidade que se orgulha do título de ‘capital ecológica’ é a mesma que quere despejar famílias […] para expandir o lixão”, criticou Renato Freitas por meio das redes sociais.

Outro incômodo dos movimentos sociais e dos parlamentares é sobre o pedido para atuação das forças de segurança e a falta de diálogo. De acordo com o MPM enquanto advogados da empresa negociavam diretamente com os moradores também entraram com medidas judiciais para reaver a área.

“Isso é inaceitável, uma tremenda falta de respeito com a vida dessas pessoas, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade que eles já vivem. Queremos que a empresa e o poder público resolvam essa situação de forma definitiva”, disse Freitas.

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