Ratinho anuncia fim da greve. Servidores precisam aceitar

Governo propõe 2% de reposição para janeiro. Assembleia decide rumos do movimento neste sábado

Com a pressão de 30 mil servidores nas ruas do Centro Cívico, a Assembleia Legislativa ocupada e barracas nas portas do Palácio Iguaçu, o governador Ratinho Jr. (PSD) decidiu propor um acordo ao funcionalismo público do estado, em greve desde o dia 25 de junho. Segundo anunciou a assessoria de imprensa do governo no fim da tarde desta sexta-feira (12/7), a proposta é de 2% de reposição em janeiro de 2020, com a garantia de concursos públicos para as polícias militar e civil, peritos científicos, agentes penitenciários, profissionais da saúde, da agropecuária e professores. A possibilidade de acordo foi anunciada pelo governo como o fim da greve, porém, ele ainda precisa ser analisado pelos grevistas em assembleia-geral. A votação será neste sábado (13/7), às 8h30.

Segundo o governo, o Estado vai pagar 5,08% de reposição, mas não disse de que forma. “Estamos aguardando um documento oficial com a redação definitiva da proposta. Por enquanto, não temos de fato este documento, que cada categoria vai ler, analisar e votar”, adianta o presidente da App-Sindicato, Hermes Leão.

Com a formalização da proposta, o Estado espera que haja a reposição de aulas na rede estadual, principal serviço público paralisado com os atos. “O trabalho deverá ser realizado durante o período de recesso escolar. Caso não haja reposição de horas e aulas, haverá aplicação de faltas, com desconto em folha dos dias parados”, diz a nota.

“Ratinho Junior reafirmou que o Estado está fazendo um grande esforço para honrar o compromisso de implantação da data-base. O governador lembra que houve queda do PIB no primeiro trimestre, além de redução de receitas de impostos e de transferências federais neste ano. Somente o IPVA contabiliza inadimplência de R$ 700 milhões”, divulgou o Palácio.

Concursos

A proposta apresentada pelo governador confirma a realização de concursos públicos para seleção de 2.560 policiais militares, 400 policiais civis (50 delegados, 50 papiloscopistas e investigadores), 96 peritos e médicos para a Polícia Científica, 1.269 agentes de cadeia, 400 profissionais da Saúde, 80 para a Agência de Defesa Agropecuária e 988 professores.

Também foram previstos concursos para contratação de servidores para o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), que inclui profissionais para a Administração Direta, para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e para o Teatro Guaíra.

Servidores fizeram pressão em frente ao Palácio Iguaçu. Foto: Giorgia Prates/Plural

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