PUC adota cães “terapeutas” para serviço de apoio psicopedagógico aos estudantes

Animal precisa ter perfil para socialização durante as interações com humano

Desde 2019 a Pontifícia Universidade Católica (PUC) mantém o projeto “Focinhos”, que integra o Serviço de Apoio Psicopedagógico (Seap) da instituição, em Curitiba. A ação conta com voluntários humanos e caninos para dar suporte aos estudantes.

O primeiro voluntário foi o “terapeuta” Chico, de seis anos, cuja tutora é a Ana Lucia Lacerda Michelotto, psicopedagoga do projeto. Ao Plural ela conta que já pesquisava esta temática quando adquiriu o animal.

Ele passou por treinamento e foi avaliado por um adestrador antes de iniciar o “trabalho”. Isso acontece porque o animal precisa ter perfil para socialização durante as interações com humanos.

“O processo de identificação do animal para fins zooterapêuticos se dá pelo comportamento do animal, de acordo com as características do público a ser atendido. Por exemplo: crianças com indicadores de TDAH. Nestes casos é preciso incluir animais que apresentam comportamentos indicadores de calma, controle e atenção”, diz a psicóloga Taíza Fernanda Ramalhais, mestra em promoção da saúde e doutoranda em Ciência Animal pela Universidade Paranaense (Unipar).

Chico adora. “Ele tem até crachá”, revela a tutora. “Em alguns momentos, mesmo sem o direcionamento, ele mesmo faz a ‘abordagem’ da pessoa e busca interação”, conta a tutora.

A pandemia afetou o cronograma do projeto, que acontece periodicamente e atende a todos os alunos da PUC.

A proposta é diminuir o estresse, aliviar tensões de começo e fim de semestre e promover socialização.

Chico não é o único voluntário do Focinhos. Outra “terapeuta” famosa é Vanilla. A Goldem Retriever tem até Instagram e centenas de seguidores. Assim como ela, outros tutores e animais participam de forma voluntária no projeto, que atende também outras instituições, como o Pequeno Cotolengo, em Curitiba.

Bem-estar

A interação entre animais e humanos é benéfica para saúde de ambos.  “Estudos evidenciam que a relação homem e animal demonstra uma melhora no contexto de saúde, como a diminuição da ansiedade, da alta frequência cardíaca, da pressão arterial, do estresse e da depressão”, diz Taíza.

O projeto aceita voluntários caninos e humanos e mantém abertas as inscrições para seleção. O formulário está disponível no site.

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