Programa ‘Salvando Árvores da Extinção’ promove reflorestamento no Litoral do Paraná

Programa Salvando Árvores da Extinção organiza encontro com a rede de plantadores do projeto, neste domingo (26)

No próximo domingo (26), o programa Salvando Árvores da Extinção organiza encontro com a rede de plantadores do projeto. O objetivo do encontro é promover a integração e a troca de experiências entre os participantes e iniciar a distribuição de um novo lote de mudas. Criado em 2018, o programa visa plantar árvores nativas da Mata Atlântica, extintas ou em risco de extinção na região do litoral do Paraná.

O programa busca expandir as áreas de plantio no litoral do estado e aumentar a Rede de Plantadores em todo Paraná. Nesta etapa, serão distribuídas mudas de árvores como canela-preta (Ocotea catharinensis), uma das madeiras mais exploradas para construção civil e assoalhos no século passado.

Proprietários de áreas de floresta no litoral do Paraná podem receber mudas para plantio sem custo, colaborando assim com a reposição de espécies na floresta. Ao aceitar as mudas, o participante também recebe informações sobre cada espécie, os motivos que a tornaram rara ou ameaçada de extinção, além de orientações sobre como e onde realizar o plantio.

Salvando Árvores da Extinção

O programa foi iniciado em 2018 por Fulgêncio Torres, fundador e presidente da empresa Porto Morretes, que fabrica as cachaças Novo Fogo e Porto Morretes, em parceria com Dragos Axinte e Luke McKinley, da Novo Fogo. Eles perceberam a dificuldade de adquirir barris de madeiras brasileiras nativas da Mata Atlântica para o envelhecimento das cachaças. Esses barris podem ser feitos com madeiras de castanheiras, amburanas e araribá, espécies ameaçadas de extinção. Decidiram, então, criar o programa para contribuir com a conservação da Floresta Atlântica.

Em 2018, o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, de Florianópolis (SC), e o Ekôa Park, em Morretes, passaram a integrar o projeto. O Instituto Hórus é responsável pela idealização técnica, mapeamento de espécies raras e ameaçadas, estratégias para produção de mudas, distribuição, plantio e registro em uma base de dados dedicada. O Ekôa Park é onde ocorre a produção das mudas, no viveiro chamado Casa Viveiro, construído com técnicas bioconstrutivas.

A seleção das espécies cultivadas no viveiro baseia-se na Lista Vermelha de espécies ameaçadas da IUCN, do Centro Nacional de Conservação da Flora, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e da Lista Vermelha de Flora do Paraná.

Rede de plantadores

Atualmente, a Rede de Plantadores reúne 70 proprietários no litoral do Paraná. Até 2023, foram coletadas quase 20 mil sementes e produzidas mais de duas mil mudas de 25 das 48 espécies-alvo. Após a identificação das espécies, a coleta de frutos e sementes é realizada no topo das árvores.

Desde 2022, o programa conta com um aplicativo gratuito para registrar as coordenadas geográficas, espécies e locais de plantio das mudas. Até o momento, 1.118 mudas plantadas estão cadastradas com coordenadas geográficas e fotos via aplicativo. A expectativa é que, até o final de 2024, o registro inclua mais de cinco mil mudas plantadas, ultrapassando as atuais em produção.

Para mais informações, acesse o site do Instituto Hórus (aqui).

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