Centenas de professores PSS reclamam de lista provisória e se dizem prejudicados

Candidatos dizem ter sido incluídos em lista de aulas para alunos hospitalizados, mesmo não tendo feito essa opção; governo do Paraná nega problemas

Centenas de professores que fizeram o processo seletivo para trabalhar nas escolas estaduais estão reclamando de um possível erro no sistema que teria lhes custado a vaga. De acordo com os profissionais, os nomes deles foram incluídos numa lista de inscritos para trabalhar com alunos hospitalizados, e por isso eles teriam ficado de fora da seleção para as aulas em turmas regulares. O governo do estado nega o problema.

O caso, de acordo com os denunciantes, é que o sistema de inscrição estaria apresentando uma espécie de travamento – os dados levantados por eles dão conta de que esse problema aconteceu principalmente nos primeiros dias depois da abertura do processo. Um dos professores ouvidos pelo Plural afirma que na hora que estava preenchendo sua ficha, jamais apareceu outra opção além daquela que ele escolheu.

“Eu nunca me inscrevi para trabalhar no Sareh”, diz o professor, em referência ao sistema de educação para alunos hospitalizados. “Nem eu nem as centenas de outros profissionais que agora estão fazendo essa contestação”, afirma ele, que já trabalhou como professor temporário no estado por vários anos e diz nunca ter visto um problema parecido.

Depois de colocados na lista do Sareh, os profissionais se viram numa situação difícil, uma vez que são poucas as vagas para esse sistema. Na lista provisória de aprovados, já divulgada pelo governo, a maioria acabou ficando sem aulas. Agora, eles querem consertar o problema antes da lista definitiva, que deve sair no dia 30 deste mês.

Os professores que se consideram prejudicados já procuraram o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público e agora estão protocolando uma ação judicial para garantir seus direitos. Eles pedem a revisão do edital e a admissão de que a Consulplan, contratada pelo governo, teve problemas no processo de inscrição.

Procurada pelo Plural, a Secretaria de Estado da Educação negou que tenha havido qualquer problema nas inscrições. Segundo o governo, as vagas foram destinadas aos profissionais conforme o preenchimento feito por eles e o edital teria sido seguido à risca.

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11 comentários em “Centenas de professores PSS reclamam de lista provisória e se dizem prejudicados”

  1. Sinceramente, quando não encontrei o meu nome na lista do grupo 1 , tampouco na ampla concorrência, fiquei desesperada, só depois percebi que o meu nome estava no grupo 15, que no ato da inscrição, constava apenas área geral: Língua Portuguesa – disciplinas finais do Ens. Fundamental e Médio. Visto que, nem no comprovante de inscrição, tampouco na prova, apareceu a sigla de atendimento hospitalar- Sareh.
    Se a consulplan der indeferimento para os recursos nesse quesito de migração para o grupo 15, muitos professores estarão desempregados em 2023, mas há solução, e no caso, Justa, inserir todos os professores que reivindicaram a mudança do grupo 15 para os respectivos grupos, através do recurso.

    A esperança é a próxima lista vir corretamente.

  2. tinha falha no edital sim. realmente não aparecia nenhuma opção pra se escolher a área do sareh. essa alternativa apareceu depois. os professores que escolheram aula na opção GERAL foram direcionados automaticamente para o SAREH.

  3. Nilo Cezar Ribeiro

    Sou professor de matemática e também passo por esse problema. Nessas horas é que constatamos o apoio que professores recebem da SEED e da APP Paraná. Pobre educação brasileira.

  4. Foi justamente essa a questão ocorrida: no ato da inscrição, constava apenas área geral: disciplinas finais do Ens. Fundamental e Médio. Em nenhum momento, nem no comprovante de inscrição, tampouco na prova, apareceu a sigla de atendimento hospitalar- Sareh.
    Além disso, existe estatuto específico e edital para assumir este tipo de aula- de prioridade para professores concursados.

  5. Total descaso o que estão fazendo com os professores, muitos são os primeiros da lista em seus municípios e estarão fora da sala de em aula em 2023. Sem contar o investimento em equipamentos e estudos ao longo do ano (equipamentos para gravar a aula prática).

  6. Já provamos que houve erro por parte da Consulplan, mas, nada foi feito!
    Jogo de empurra.
    Ninguém que tenha poder, se interessou em ajudar a resolver.
    Já somos centenas de profissionais prejudicados.

  7. Francielle Trauer Rodrigues

    O problema deve ser corrigido pois teve inconsistências no sistema, isso é fato, não é justo conosco já trabalho há muitos anos na educação , muito triste tudo isso.

  8. Aline Fabiana Alves

    É muito fácil jogar a culpa nos candidatos, quando na verdade, o que tivemos a disposição foi um sistema de inscrição ambíguo e falho. Muitos de nós, com filhos pequenos, estarão desempregados no próximo ano, haja vista que não há demanda suficiente para o Sareh.

  9. Valdirene da Silva Monteiro

    Realmente fomos prejudicados sim, no momento da inscrição não apareceu outra opção e sim uma única, também não constava a siga SAREH, a Consulplan precisa sim rever essa situação, pois não fomos nós que escolhemos a opção errada e sim um erro do sistema, visto que esse SAREH, não tem em todas as cidades.

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