Professores e alunos das universidades estaduais fazem protesto em meio a greve

Estudantes se reuniram na manhã desta quarta-feira em frente à Assembleia Legislativa do Paraná

Em greve desde segunda-feira (15), professores e estudantes das universidades estaduais do Paraná se reuniram na manhã de hoje em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP) para reivindicarem a reposição salarial dos professores e melhorias na infraestrutura dos campi acadêmicos de Curitiba.

De acordo com os sindicatos que representam os professores, desde 2016 há uma defasagem no reajuste salarial que, acumulado, chega a 42%. Das sete universidades estaduais, seis já estão em greve: Unioeste, UENP, UEPG, Unespar, UEL e a UEM. O sindicato de docentes da Unicentro se reúne nesta quarta para discutir se adere ou não ao movimento.

Marcio Mattana, professor da Unespar em Curitiba, estava presente na manifestação. “A greve em princípio é pautada pela reposição salarial. Todas as categorias de servidores do executivo estão com defasagem de mais de 40% e temos uma lei que garante a reposição. Não é um aumento, é uma reposição de perdas”, argumenta o professor.

Os professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa com o objetivo de chamar a atenção do governo para dar início a um acordo. “Hoje estamos tentando iniciar uma negociação com o governo, para eles nos ouvirem e entenderem nossos argumentos”, comentou Mattana, reiterando o saldo positivo da manifestação: “O positivo hoje é que a liderança do governo parece estar disposta a nos ouvir, mas isso não é um sim, é apenas uma promessa do governo de sentar para negociar.”

Aryane Monteiro, estudante da Unespar e da FAP (Faculdade de Artes do Paraná), comenta que os alunos aderiram à greve dos professores para colaborarem na luta pela reposição salarial, mas que aproveitaram a oportunidade para reivindicar melhorias em seus campus universitários. “Aderimos à luta deles para podermos reivindicar também nossas questões e enquanto durar a greve deles vai durar a nossa”. De início os alunos se preocuparam com a greve, mas entenderam a importância da luta dos docentes e decidiram apoiá-los. “Entendemos que é uma luta conjunta, se os professores recebem corretamente as aulas são melhores e conseguimos ter mais acesso ao que precisamos”, acrescenta a aluna.

Entre as reivindicações dos estudantes estão a implementação de um restaurantes universitários nos campus curitibanos, o passe livre estudantil, transporte intercampi e programas de assistência estudantil. Outra queixa é a falta de água potável nos campi localizados no Boqueirão.

Colaborou Julia Sobkowiak

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