Pais pedem que Prefeitura não superlote escola referência em inclusão

Número de matrículas para 2024 aumentou, mas famílias dizem que não há como pôr 35 crianças em sala

Pais e mães de crianças que estudam em uma escola municipal de Curitiba estão fazendo um mutirão para evitar um problema de superlotação. A escola, na Vila Izabel, é referência no atendimento a alunos de inclusão, o que exige a presença de tutores em sala e, segundo os pais, impede que o número de crianças atendidas seja maior.

A Associação de Pais, Professores e Funcionários (APPF) da Escola Campo Mourão é quem está tomando a frente da reivindicação. “Soubemos em conversa com a escola que querem aumentar o número de crianças em sala de 25 para 35”, diz a presidente da APPF, Liliane de Camargo, que é também professora e que vem correndo atrás de assinaturas na escola e no entorno.

“Essa é uma escola de referência em inclusão. Temos hoje três ou quatro crianças por turma que precisam de assistência, seja por síndrome down, autismo ou por problemas físicos”, diz ela. O espaço ocupado em sala por uma criança cadeirante, por exemplo, é maior. E muitas crianças precisam de professoras acompanhando os trabalhos individualmente.

Além disso, as salas da Campo Mourão, uma escola pequena, com apenas cinco salas de aula, são menores do que em outras escolas. “Se colocar 35 crianças nem abre a porta do armário, não sobra espaço para a professora, imagina para a corregente”, diz uma mãe ouvida pelo Plural.

O que diz a Prefeitura

Procurada pelo Plural, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que a regra vigente permite salas de 30 alunos nas classes de 1.º a 3.º anos e de 35 alunos no 4.º e no 5.º anos. Segundo a Prefeitura, há dois casos em que esse limite pode ser diminuído.

O primeiro caso é quando a escola, de fato, não tem salas grandes o suficiente para que caibam os alunos. Para essas situações, a recomendação da Secretaria de Educação é que a direção apresente as medidas de cada sala. Caso a metragem seja considerada insuficiente, o número de matrículas será reduzido.

O outro critério tem justamente a ver com a inclusão. A escola, nesse caso, precisa apresentar um levantamento de quantos alunos de inclusão recebe em cada turma. Dependendo da situação, isso pode influenciar no número máximo de matrículas aceito por turma.

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