Outubro Rosa: como mulheres podem cuidar da saúde das mamas

Campanhas do Outubro Rosa enfatizam a importância do autoexame e de exames de rastreamento, como a mamografia

Em outubro, graças ao movimento conhecido como “Outubro Rosa” as mulheres passam a dar uma atenção especial à saúde de suas mamas. O mês é marcado por uma série de campanhas que visam conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Nesse período, devido à ênfase na doença, as campanhas veiculadas têm como foco alertar e encorajar as mulheres a realizarem o autoexame e a estarem atentas a possíveis mudanças em seus seios, como a detecção de nódulos, manchas na pele do seios ou vermelhidão na região das mamas.

A médica oncologista e professora da PUC-PR, Maria Cristina Figueroa Magalhães, enfatiza que o autoexame deve ser complementado por outros exames de rastreamento, como a mamografia. “Todas as mulheres devem estar vigilantes em relação a qualquer alteração em seus corpos. No entanto a principal mensagem não deve ser apenas a realização do autoexame, mas sim a importância dos exames de rastreamento, especialmente a mamografia.”

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A recomendação é que mulheres com 40 anos ou mais façam o exame clínico das mamas anualmente, essa orientação pode variar de acordo com alguns fatores como o histórico familiar. Quanto ao autoexame, mulheres de todas as idades podem realizá-lo. “O autoexame deve ser feito sempre após a fase menstrua e tem algumas etapas. A primeira é observar as mamas, fazer uma inspeção dinâmica e observar se ocorre alguma retração da pele e a terceira etapa é a palpação que deve ser feita de forma circular e checando todos os quadrantes da mama”, explica a oncologista.

Autoexame

Luana Cristina da Silva Rocha, de 34 anos, descobriu um nódulo em seus seios por meio do autoexame em março de 2023, enquanto estava amamentando. Ela acreditava que o nódulo desapareceria após a amamentação. “Quando percebi o nódulo, procurei imediatamente meu ginecologista. Naquele momento, com a amamentação em andamento, não consideramos que pudesse ser algo sério. Continuei minha vida, mas o nódulo não desapareceu. Agora sei que, se um nódulo não desaparece em dois meses, é necessário consultar um médico novamente,” diz.

Rocha não possui histórico de câncer na família e está fora da faixa etária em que a doença costuma dar sinais. “Existem publicações recentes que indicam um aumento nos casos de câncer em geral em populações mais jovens. Isso provavelmente se deve a fatores de risco como inatividade física, consumo excessivo de álcool e a tendência crescente da população à obesidade,” explica Magalhães.

Atualmente, Rocha está em tratamento e acredita na importância de conhecer o próprio corpo e reconhecer os sinais de que algo está errado. “As mulheres precisam se conhecer e procurar especialistas quando notarem algo de diferente em suas mamas. Agora, sei que deveria ter consultado um médico mastologista”, diz.

No Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres podem realizar os exames clínicos necessários para rastrear possíveis nódulos mamários, basta ir até uma unidade básica de saúde. O SUS é responsável pela atenção primária, recebendo e examinando pacientes com queixas específicas ou em acompanhamento de rotina. Após o exame clínico, os profissionais de saúde avaliam a necessidade de encaminhamento para exames de investigação diagnóstica, como mamografia e ultrassonografia.

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