Os cinco maiores traficantes presos em Curitiba no último ano (e o que eles têm em comum)

Remessas para a Europa, ligação com o PCC, casas de luxo: quem são os narcotraficantes mais relevantes que atuavam em Curitiba e foram presos

No ano passado, cinco traficantes de alto escalão foram presos em Curitiba. Há um fio condutor comum que une esses criminosos: todos vieram de fora e escolheram a capital paranaense como centro de seus negócios ilícitos ou como lugar onde coordenar todas as atividades da sua organização.

O último deles foi preso na quinta-feira passada (20) na sua casa de alto padrão em Porto Belo (SC). O homem, como revela a operação Wiederholung da Polícia Federal, é suspeito de ter reinvestido parte de seu patrimônio fruto do tráfico de drogas tanto em Santa Catarina quanto no Paraná. Por isso a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão também em Curitiba e Itapema (SC).

Cocaína da Colômbia

Em novembro de 2020, a Operação Enterprise interrompeu um enorme fluxo de drogas entre três países, Colômbia, Brasil e Espanha. Essa é considerada a maior investigação sobre a lavagem de dinheiro de todo o ano porque permitiu a apreensão de 200 quilos de cocaína e o bloqueio de bens de luxo no valor de 400 milhões de reais. Um desses investigados foi preso em Curitiba no dia 3 de fevereiro de 2021, suspeito não apenas de estar ligado ao tráfico de drogas, mas também de ter ajudado a organização a trazer cocaína para a Europa através do porto de Paranaguá.

O chefão do trafico no Amapá

Em março de 2021, Erick Riley Barbosa da Silva, o “Coxó”, foi preso em um condomínio de luxo no bairro Pinheirinho de Curitiba. Conforme as informações da Delegacia de Toxicos e Entorpecentes (DTE), Coxó era o mais importante traficante do Amapá e membro da facção criminosa “Familia Terror do Amapá-FTA”, uma organização que administra o tráfico de cocaína e maconha no Estado. Ele já havia sido preso numa operação da Polícia Civil em abril de 2017 no distrito de Fazendinha, a doze quilômetros de Macapá. Já naquela ocasião, Coxó foi listado como um dos principais fornecedores de drogas do estado. Um traficante que podia contar com contatos diretos com fornecedores de cocaína sem o uso de intermediários.

O homem do PCC no Paraná

No mês seguinte à prisão de “Coxó”, a Polícia Militar do Paraná parou em um restaurante no bairro Bigorrilho de Curitiba Valacir de Alencar, conhecido como “PL” ou “Polaquinho”. Ele é considerado pelas autoridades um dos homens mais importantes da o Primeiro Comando da Capital no Paraná.

Sua base de operações seria Campo Largo. Ele estava cumprindo uma pena de 76 anos na prisão de São José dos Pinhais por tráfico de drogas, assassinato e porte ilegal de arma. Em abril de 2020, Diego Paolo Barausse, juiz da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, concedeu a prisão domiciliar porque Valacir de Alencar fazia parte do grupo de risco ao novo coronavírus por ser hipertenso.

Na manhã do dia 17 de abril, foi aplicada uma tornozeleira eletrônica na perna do homem do PCC, mas naquela tarde ele já havia conseguido rompê-la e fugido. Após a fuga, apesar de ser procurado por toda a Polícia do Estado, permaneceu na região metropolitana de Curitiba até a nova captura.

O Pablo Escobar brasileiro

Sergio Roberto Carvalho, originário de Ibiporã, no norte do Paraná, é o chefe de uma organização de narcotraficantes que compra cocaína de vários fornecedores bolivianos e paraguaios para depois vendê-la na Europa. A base de suas atividades é o porto de Paranaguá, mas algumas empresas utilizadas pelo grupo Carvalho estavam localizadas na região de Curitiba. Essas companhias teriam servido para simular uma venda entre uma empresa brasileira e uma belga de uma carga de tubos para utilização em esgoto. Na verdade, essa exportação foi utilizada pela organização apenas para enviar 776 quilos de cocaína ao porto de Antuérpia.

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2 comentários em “Os cinco maiores traficantes presos em Curitiba no último ano (e o que eles têm em comum)”

  1. Eliane de Jesus de Andrade Alves Laurindo

    Eu sempre leio este jogo acho ótimo as madeira. Deveria ter muito menos notícias. Para divulgar na mídia expandir imagens

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