O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, é operado desde 2022 pela empresa CCR Aeroportos, que recebeu a concessão após vencer o leilão no ano anterior.
Como uma das contrapartidas, a CCR deve fazer a construção de uma pista de 3 mil metros de comprimento, como consta no edital. O impacto que as obras terão sobre os bairros próximos preocupa os moradores da região, que continuam sem informações.
No ano passado, a prefeitura de São José dos Pinhais se reuniu com representantes da CCR e, segundo informações oficiais, pediu um estudo de impacto das obras. A requisição não foi formalizada, apenas solicitada durante o encontro e até agora a prefeitura não teve retorno da empresa.
Aeroporto Afonso Pena
Quem vive nos arredores do aeroporto Afonso Pena quer mais detalhes sobre como as obras podem afetar o comércio local e também a mobilidade das pessoas. A Associação de Moradores do Bairro Quissisana (AsmoviQ) enviou um ofício no mês passado para a CCR pedindo o cronograma e cobrando transparência nas obras.
“Queremos saber porque pode haver fechamento de ruas e isso vai atrapalhar nosso comércio. Há interesses da comunidade envolvidos e as obras da terceira pista vão impactar os bairros próximos”, critica o presidente da AsmoviQ, Fábio Fontana.
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A CCR publicou no mês passado a declaração de capacidade de infraestrutura aeroportuária, que apresenta as condições operacionais do aeroporto até 30 de março de 2024. O documento também versa sobre o andamento das obras.
“A CCR Aeroportos está em etapa final de elaboração de projetos e planejamento de execução dos investimentos obrigatórios previstos para a Fase I-B do contrato de concessão. Todos os aeroportos sob essa gestão passarão por adequações que impactarão na rotina das operações. O cronograma será disponibilizado tão logo seja definido e discutido com os stakeholders, reiterando nosso compromisso em minimizar os impactos das obras na programação de voos”, diz o texto.
São José dos Pinhais
Ao Plural, a concessionaria informou, por meio da assessoria de imprensa, que “está finalizando os trâmites necessários para iniciar as obras do aeroporto, o que inclui o estudo técnico do impacto. O cronograma de entrega das obras está dentro dos prazos estabelecidos pelo contrato de concessão”.
Todavia, os moradores próximos ainda não têm uma data para início e término das obras. “O que a gente quer é transparência. Precisamos de planejamento e de diálogo”, lamenta Fontana.
O bairro Quissana fica a cinco quilômetros do centro da cidade e tem uma extensão de 2,7 quilômetros, de acordo com informações da prefeitura. Ele faz divisa com a área aeroportuária e tem mais de 11 mil moradores.
Colaborou Sandy Lylia da Silva
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