Desde sexta-feira (18) quem usa transporte público em Curitiba pode pagar a passagem com cartão de crédito ou débito na estações-tubo e terminais da cidade. A comodidade custa R$ 0,12 a mais que a passagem paga em dinheiro ou cartão do usuário por causa da taxa paga à operadoras.
De acordo com a prefeitura, até o fim do mês as 254 linhas de ônibus devem ter o sistema disponível. Os pagamentos são aceitos apenas por cartões que têm a facilidade de aproximação, relógios inteligentes e celulares.
O sistema vai aceitar pagamento com as bandeiras Visa, Mastercard e Elo. O preço da passagem de R$ 5,50 (mais a taxa de conveniência) nos cartões de crédito e débito valerá para todos os horários e linhas, inclusive nas que operam com bilhete a R$ 4,50 fora dos horários de pico (já que esse benefício é concedido apenas para pagamento em cartão-transporte Urbs)
O pagamento permitirá, assim como o dinheiro e o cartão-transporte, a integração com demais linhas em terminais e estações-tubo, sem ter necessidade de pagar mais uma passagem.
Apesar da facilidade, muitos trabalhadores ainda não sabem da novidade. Na estação-tubo Rodoferroviária, por exemplo, na manhã de segunda-feira (21) a cobradora do tubo explicava a novidade para os passageiros, que reagiam surpresos.
Ao Plural a Urbs informou que na sexta-feira (18), primeiro dia da nova funcionalidade, foram 2.029 passagens pagas com a nova tecnologia, o que representou 0,59% do total de pagamentos no cartão. No sábado, foram 1.775 usuários (1,2%) e no domingo, 1.101 (1,63%).
E os 12 centavos?
“A lei permite a cobrança de preços diferenciados, dependendo da forma de pagamento”, explica Claudia Silvano, coordenadora do Procon Paraná. Nas redes sociais ela publicou um vídeo com orientações acerca da nova modalidade de pagamento.
Internautas têm opiniões divididas. Uns defendem que vale pagar a mais pela comodidade. Outros afirmam que é injusto.
De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a novidade traz praticidade, comodidade e mais segurança para o usuário, já que reduz a circulação de dinheiro. Além disso, a ideia é também atrair mais passageiros para o sistema, como turistas e pessoas que não têm cartão-transporte.
Rafael Porto Lovato, mestre em Direito e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), entende que o aumento das possibilidades de pagamentos aos usuários é benéfica, desde que não proporcionem vantagens apenas para as empresas. Algumas linhas, por exemplo, não aceitam dinheiro.
“Não tem uma lei que diz que não é possível o pagamento em dinheiro vivo, mas aumentar o acesso a outras pessoas que possuem o cartão também é legal. A interpretação depende dos argumentos utilizados por quem está propondo as formas de pagamento”, pondera o especialista.
E quem não tem cartão?
Para quem não tem cartões de bancos a alternativa é providenciar o cartão de usuário da Urbs.
Para isso basta ir até uma rua da cidadania ou postos de atendimento com documentos pessoais e comprovante de residência. Já o cartão avulso não exige cadastro e pode ser adquirido nos terminais e bancas de jornais credenciadas. Para saber mais basta acessar o site da Urbs.
Com informações da prefeitura de Curitiba
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Segurança para as empresas que demtirao os cobradores,o passageiro terá o cartão de aproximação furtado.e quanto aos $0,12 centavos da operadora nesse caso não está havendo opção de não pagar uma vez que é obrigatório.
Essa comodidade atende também aos ônibus da região metropolitana?