Em meio à crise institucional no Brasil, pessoas de diversas cidades se organizam para ir às ruas no dia 7 de setembro manifestar apoio ou desaprovação à atual gestão do país. Em Curitiba, estão previstos dois atos para o feriado do Dia da Independência, um a favor de Bolsonaro, às 14h, na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, e outro, contrário ao governo, às 16h, na Praça Santos Andrade.
Apesar do ato na capital paranaense – que foi divulgado pela presidente do PTB no Paraná, Marisa Lobo, por meio das redes sociais – a mobilização pró-governo concentra os protestos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo informações do movimento Nas Ruas, um dos principais organizadores dos atos que apoiam o chefe do executivo, são previstos manifestantes de pelo menos 57 cidades de outros estados na Avenida Paulista, incluindo de Curitiba, como noticiou o Plural.
Além do apoio ao presidente, que nas últimas semanas vem intensificando críticas à atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e questionamentos à segurança da urna eletrônica, o movimento reivindica pautas antidemocráticas como o desmonte do Congresso e do STF e a adoção do voto impresso auditável. Parte dos bolsonaristas também pede por uma intervenção militar.
Os atos do 7S
As mobilizações contrárias ao presidente, batizadas de “7S”, estão sendo organizadas pela Campanha Fora Bolsonaro, uma iniciativa que reúne organizações e movimentos sociais, ambientais e indígenas como a Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e a Coalizão Negra por Direitos, além do fórum das centrais sindicais.
No dia 7, a ideia é unir o ato com a marcha do Grito dos Excluídos, que ocorre anualmente em contraposição aos desfiles cívico-militares do feriado desde 1994. Criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Grito dos Excluídos é uma manifestação popular que reúne diversas pessoas e entidades comprometidas com as causas de populações invisibilizadas. Neste ano, o ato, que está em sua 27ª edição, se somou à Campanha Fora Bolsonaro para lutar contra as mais variadas formas de exclusão e violação dos direitos humanos.
O 7S, quinta manifestação que ocorre este ano em oposição ao presidente, luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda. Além disso, entre as pautas da campanha estão a denúncia contra o autoritarismo e a má gestão do país e da crise epidemiológica gerada pelo Sars-Cov-2.
“A gente está vivendo hoje um pico – se é possível dizer assim porque parece que o poço no Brasil não tem fundo – que culmina em dimensões de crises diferentes: sanitária, econômica, etc. A gente está indo para a rua para fazer essa denúncia”, afirma a coordenadora da central de mídia da Campanha Fora Bolsonaro, Ana Flávia Marques.
De acordo com Ana Flávia, o que se espera são atos criativos, animados, politizados e combativos, mas serenos e em clima de não-violência. “São atos que se colocam contra as ameaças antidemocráticas. Para a gente, o importante é ter a bandeira fora Bolsonaro pregada, demonstrando que essa indignação é crescente e que o Brasil não aguenta mais. Para nós é mais uma jornada que a gente vem realizando que não vai acabar aqui. A Campanha Fora Bolsonaro continuará se mobilizando.”
O 7S no Paraná
De acordo com informações da Campanha Fora Bolsonaro, os atos do #7SForaBolsonaro e do Grito dos Excluídos estão organizados para ocorrer em mais de 170 cidades do Brasil. Veja abaixo os locais e horários das manifestações nas cidades paranaenses.
- Curitiba – Praça Santos Andrade, às 16h;
- Campo Magro – Nova Esperança, às 9h30;
- Colombo – Praça Santos Andrade, (aguardando mais informações);
- Maringá – Estádio Willie Davis, às 15h;
- Umuarama – Praça Miguel Rossaffa, às 9h30;
- Guarapuava – Comunidade Santa Rita de Cássia, Bairro Residencial 2000, às 14h;
- Londrina – União da Vitória, às 9h;
- Matinhos/Caiobá – Calçadão Beira Mar, às 9h;
- Pinhais – Praça Santos Andrade (aguardando mais informações);
- Renascença – Horta Comunitária Três Marias, às 16h.
Reportagem sob orientação de João Frey
Pessoas que defendem o mal, invariavelmente mentem, será que é pra seguir sempre o mesmo protocolo do “lider” ???
Plural? Só no nome mesmo…. Tendencioso e quase “marketing dirigido” à esquerda! A jornalista feminista apenas fez menção ao ato na Praça Nossa Senhora de Salete pq ficaria muito feio não mencionar… RIP jornalismo!
Oi Regina, chamar a jornalista de feminista era pra ser ofensivo? Não entendi. Agradeço muito a audiência. Rosiane
Obrigado pela informação,mesmo sentido imparcialidade no anúncio…..
Partiu praça nossa senhora da Salete as 14:00… todos a favor da democracia 🥰
1)”Críticas” e “questionamentos” não. São ataques! Bolsonaro constantemente ataca tudo o q não lhe agrada; ele não faz meras críticas. Não o façam parecer uma pessoa razoável.
2)O nome do ato é “fora Bolsonaro” e ao longo de toda a matéria não houve uma menção ao impeachment do presidente — pauta colocada em toda manifestação desses atos. Lamentável.
Fala sério que merda de jornal, então destituir o STF que só prática atrocidades contra a constituição e solta bandidos como o caso Lula maior ladrão da história do mundo é uma pauta antidemocrático fala sério, essa midia tradicional não tem nenhuma credibilidade mais..
Bem interessante….
Para um jornal com o nome de “plural” a matéria é bem tendenciosa. E com algumas inverdades dos dois lados.
Obrigada por postar. Vou no Atonas 14:00 a favor da democracia.