Morador de cobertura que cortou corda de trabalhador é encontrado morto na cadeia

Advogados dizem que alertaram várias vezes às autoridades sobre risco de morte do preso

O morador de uma cobertura que cortou a corda de sustentação de um trabalhador no topo de um prédio em Curitiba no mês passado foi encontrado morto na Casa de Custódia de Curitiba. Raul Pellegrini, de 41 anos, estava preso preventivamente desde 14 de março e seus advogados dizem que avisaram várias vezes às autoridades que ele sofria de dependência química e que precisava ser transferido da cadeia para uma clínica.

Pellegrini estava em sua casa quando cortou com uma faca a corda do andaime onde estava um trabalhador. O operário, que fazia a limpeza no sexto andar do edifício, não morreu porque o sistema de segurança foi acionado automaticamente. O caso chamou a atenção da imprensa no país inteiro.

De acordo com os advogados de Raul, houve pelo menos três tentativas de alertar as autoridades do risco de deixar um dependente químico na situação em que ele se encontrava na cadeia. Primeiro, a defesa tentou convencer o juiz de primeira instância a transferir Raul para uma clínica. Depois de ter o pedido negado, o caso foi levado ao Tribunal de Justiça do Paraná, onde os advogados receberam nova negativa.

Em nota enviada à imprensa nesta sexta (5), a defesa diz que em conversa com o preso no parlatório, percebeu a gravidade e o risco imediato da situação e solicitou novamente que Raul fosse levado para tratamento. “O Ministério Público, mais uma vez, mesmo diante da gravidade dos fatos, manifestou-se contrário ao pedido, em uma demonstração clara de insensibilidade”, alegando que “pode-se afirmar com segurança que seus advogados não possuem o conhecimento técnico oriundo da Medicina para saber que o atendimento necessário é a internação em clínica psiquiátrica.”, afirma a nota.

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