“Mais poderosa é a Justiça de Deus”, diz mãe de adolescente morto pela PM no Parolin

Nesta sexta-feira (16) familiares fazem um ato em frente ao Ministério Público em memória do jovem

Nesta sexta-feira (16) amigos e familiares de Dallyson Willian Mariano, 17 anos, realizam um ato em memória do rapaz, que morreu durante uma ação policial no Parolin, em Curitiba, no último dia 2. O protesto acontece em frente ao prédio do Ministério Público, no Centro Cívico, e será às 16h.

Mariano saiu de casa para ir até a residência da prima, a poucos metros de distância e foi atingido por um tiro disparado por policiais militares. O socorro chegou a ser acionado, mas ele não resistiu.

O rapaz tinha um ato infracional por tráfico de drogas, porém, no momento da ação da PM não estava portando nenhuma arma ou drogas, segundo testemunhas ouvidas pelo Plural.

Tristeza

As investigações são tocadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e correm em segredo de Justiça. Até agora nenhum policial militar envolvido na ação foi preso.

Em nota, a PM afirmou que Mariano atirou contra as equipes, mas testemunhas negam que isso tenha acontecido.

Familiares da vítima estão inconformados e por isso cobram celeridade na investigação. Uma das pessoas que vai ao ato desta sexta é a mãe do jovem, Daiane Mariano, que tem outros dois filhos: um de dois anos e outro de dois meses.

“Mais poderosa [que a Justiça] é a Justiça de Deus”, lamenta. Daiane deve retornar à rotina normal nesta semana, já que as duas crianças estavam internadas com problemas de saúde.

“Ainda não sei como vai ser [sem o filho morto]. No domingo enterrei meu filho e na segunda precisei trazer os outros para o hospital”.

O caso é acompanhado pelo Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH) e Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (NUPEP) da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR).

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