Um estudo realizado no Paraná, identificou que gestantes têm 5,4 vezes mais chances de desenvolver dengue grave, estágio mais agressivo da doença. A pesquisa analisou os dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, coletados entre 2016 e 2019.
O estudo analisou 27.695 casos de dengue confirmados em mulheres em idade reprodutiva de 10 a 49 anos, das quais 949 estavam grávidas. O risco de hospitalização se mostrou maior em grávidas (5,4 de chances) do que em não grávidas (2,9 de chances).
Grávidas
Os riscos da doença, envolvendo a saúde da gestante e do bebê podem envolver hipertensão gestacional, risco de transmissão da doença para o feto e aborto. Os sintomas mais comuns são: febre, dores de cabeça e no corpo, e o surgimento de manchas na pele. Na aparição de qualquer sintoma relacionado a dengue, um médico deve ser consultado. A melhor forma de evitar a doença é a prevenção.
A utilização de repelentes indicados para gestantes, uso de telas em janelas e portas podem ajudar na prevenção. Além disso, é preciso também evitar o acúmulo de água parada – uma forma básica de combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.
A vacinação para dengue só está disponível para pessoas que já tiveram a doença. A única vacina aprovada pela Anvisa é a Dengvaxia (Sanofi Pasteur), que protege contra quatro sorotipos da doença e já foi usada na campanha da prevenção no Paraná em 2015 e 2016, mas que não faz parte do calendário de vacinação.
Dengue
Segundo o Ministério da Saúde, o Paraná está entre os estados com maior índice de casos confirmados. De agosto de 2022 a junho de 2023, foram registrados 100.686 casos confirmados e 78 mortos, de acordo com os dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) publicado em 20 de junho.
Os casos costumam crescer no verão, época do ano em que as condições climáticas favorecem a proliferação do mosquito.
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