A Frente Parlamentar de Medicina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) deve acompanhar o desenrolar das investigações que apuram fraude na entrega de medicamentos para a Secretaria Estadual de Saúde. O caso foi revelado na última semana e a licitação em questão é de R$ 10,6 milhões.
A empresa investigada é a Ar Fiorenzano Distribuidora de Medicamentos LTDA., vencedora da licitação para fornecer Imunoglobulina Humana, indicada para tratamentos de leucemia, doenças autoimunes, para pacientes recém transplantados e outras doenças.
No hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) funcionários perceberam problemas na embalagem e acionaram a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), que por sua vez informou a Polícia Civil (PC).
Na última semana foram cumpridos mandados de busca nas cidades de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal do São Bento.
Medicamento errado
Ao invés de Imunoglobulina Humana, a Sesa recebeu entregou frascos com o antibiótico metronidazol, indicado para o tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites e outras infecções.
“A empresa entregou medicamentos falsos identificados como Gamimune N 5%, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, requisito que era obrigatório, conforme constatava em edital”, disse a delegada Aline Manzatto, que está à frente do caso.
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A Sesa está monitorando os pacientes que tomaram os medicamentos errados.
Na Alep a Frente Parlamentar da Medicina também se manifestou sobre o caso. O presidente, deputado Ney Leprevost (União Brasil) afirmou que vai “acompanhar com atenção o desfecho da investigação”.
A empresa investigada, que fica em Francisco Beltrão, afirmou que pode ter havido fraude praticada pela fornecedora.