O Júri do ex-policial penal Jorge Guaranho, autor do assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, marcado para dia 7 de dezembro foi adiado. A defesa do acusado pediu mais tempo para juntada de provas.
Arruda comemorava aniversário de 50 anos com amigos e família e o tema da festa era o presidente Lula. Guaranho, que não conhecia a vítima, soube do evento, invadiu o local aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e atirou contra a vítima, que trabalhava como Guarda Municipal (GM).
Guaranho alega que não se lembra da sequência dos fatos. Ele foi baleado durante a festa porque a vítima tentou se defender e foi socorrido na sequência. O autor está preso desde então.
Ansiedade
Familiares de Arruda falam em ansiedade para que o caso seja resolvido. O advogado que os representa, Daniel Godoy Junior, afirmou que o pedido de adiamento é uma “tentativa de desqualificar a atuação do Ministério Público, o conjunto da legítima e cristalina produção de provas já colacionadas – todas desfavoráveis as teses defensivas – e uma expectativa de minar uma solução célere, almejada pela sociedade”.
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Guaranho é réu por homicídio doloso duplamente qualificado após denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) à Justiça.
Ao longo do trâmite do processo a defesa do réu desistiu dos recursos judiciais. Neste sentido o pedido de adiamento do Júri é uma “tentativa de enevoar a lembrança do caso junto a sociedade”, conforme o advogado da família da vítima.
Ainda não foi divulgada a nova data do Júri, mas a previsão é de que ocorra somente após o primeiro trimestre de 2024.