Empresários reclamam com governo de perseguição a bares e casas LGBTQIA+

Segundo grupo, 11 estabelecimentos foram fechados por fiscalização; motivos seriam pouco relevantes

Um grupo de empresários se reúne nesta segunda-feira (8) às 10h da manhã com o governo do Paraná para reclamar de uma suposta perseguição a estabelecimentos LGBTQIA+ de Curitiba. Segundo eles, nas últimas semanas, 11 bares e casas noturnas foram fechadas por fiscalizações, especialmente pela Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu).

Os empresários dizem que nas últimas semanas têm sentido uma preferência dos fiscais por bares gays. E segundo eles os motivos para fechamento das casas muitas vezes seriam infrações de pouca importância, como a ausência de um computador na recepção para emitir notas fiscais. “Um lugar foi fechado porque tinha strobo e disseram que isso configurava pista de dança”, conta Ronaldo Parpinelli.

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Parpinelli é proprietário da The Men’s House (TMH), uma casa de entretenimento homoerótico para homens adultos. Ele conta que nesse fim de semana a TMH foi alvo da fiscalização e, embora não tenha sido fechada, acabou com um prejuízo enorme. “Era uma noite em que tinha um evento especial, tinha muita gente querendo entrar e bem ha hora de abrir aparece a fiscalização”, conta ele.

Ronaldo conta que os fiscais chegaram a abrir até o papel-toalha para ver se não havia drogas. “Tive gente trocando lâmpada sob a mira de escopeta”, afirma ele. Os empresários reclamam que as fiscalizações poderiam, ocorrer durante o dia, quando não causariam prejuízos. “Só nessa noite perdi uns R$ 5 mil”, diz Parpinelli.

Dentre os estabelecimentos fechados estão The Fire Bar, Glory Hole, Bera Bear, Dunkel e James Bar.

Água e xingamentos

O Yag Bar, além da fiscalização, também enfrentou um outro problema neste fim de semana: vizinhos jogaram água nas pessoas que estavam em frente ao local. A proprietária registrou boletim de ocorrência na delegacia.

“No ato de filiação realizado no Yag Bar (…) diversos militantes foram agredidos com um banho de água e palavras ofensivas, jogado do terceiro andar do mesmo prédio em que se localiza o estabelecimento num evidente ato de LGBTIfobia”, diz post do estabelecimento nas redes sociais.

“Entre as pessoas atacadas estão a Secretaria Nacional LGBT do PT, Janaína Oliveira e a Vereadora Prof Liliam de Cascavel. Não nos calaremos frente a mais um ato de LGBTIfobia!”, conclui o texto.

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9 comentários em “Empresários reclamam com governo de perseguição a bares e casas LGBTQIA+”

  1. Comentário Destinado a Ana Patrícia ali de cima. Sério mesmo que com tantos lugares de residência calma em Curitiba, tantos bairros silenciosos, tantos prédios por aí, a pessoa quer reclamar de um bar na TRAJANO????
    E falar de idoso, de trabalhador, residir com dignidade, as pessoas que frequentam ou consomem nesses lugares não são também trabalhadores? Ah me desculpa, se você paga um aluguel que não deve ser nada barato nessa região, ou tem imóvel você pode comprar ou alugar tantos outros em tantos outros lugares. Sem falar que há previsão no zoneamento da cidade, de áreas de lazer noturno na região. Você que se mude!

  2. Se este fosse um jornal de coragem, confrontados o governo sobre espancamento de empresários na pandemia, e o contraste sobre o comportamento da PM com pastores e o prefeito que fizeram eventos sem serem incomodados. Vcs apenas são parciais.

  3. Sandro de Castro

    AIFU desde o início da pandemia se achou que tem super poderes…. A cada estabelecimento visitado protagonizam claros e evidentes abusos de autoridade. Fabio Aguaio presidente da Abrabar precisa tomar a frente e representar do prefeito até governador por tais abusos praticados por seus comandados.

  4. Sou morador nas proximidades do bar Yag que está transformando a região em CRACOLÂNDIA de Curitiba e nas ruas adjacentes em SEXOLANDIA ao ar livre e sem nenhum pudor! Além do tráfico de drogas ofertado como se fosse um produto legal. – Quanto a preferência sexual de cada um não nos interessa.Por

  5. Mateus - Grupo Dignidade

    Isso é um absurdo e pode caracterizar LGBTIfobia caso somente os locais LGBTI+ estejam sendo alvo de batidas. O Grupo Dignidade está elaborando um ofício cobrando explicações da Secretaria de Segurança e solicitando atenção od Ministério Público.

    Rogério, posso entrar em contato com você por algum meio? Seria interessante mais informações, como a lista completa de locais. Caso queira, meu whats é 419975501187.

  6. Aqui o jornalista expõe uma grande mentira, publica uma informação PARCIAL e além de não ouvir o outro lado da história, nem se deu ao trabalho de averiguar a quantidade de denuncias que o BAR YAG possui, além de estar com alvará CASSADO por uso indevido da via pública, e várias ações na Justiça por perturbação do sossego. Esse bar o qual a proprietária e o gerente possuem 3 filiais na mesma rua que ficam abertos até às 7 horas da manhã, usando as calçadas como extensão do bar, musica alta, caixas de som, todos os relatos estão comprovados com vídeos e fotos em mãos da justiça, adoecendo a vida dos moradores e não acata nada que o poder público pede para ele mesmo em face de inúmeras denúncias de todos os moradores. O que faz o direito de uma bar, independente da bandeira que ele utiliza, se prevalecer sobre o direito de habitação de vários moradores da região? Cabe ao jornalista, no mínimo, averiguar o que está acontecendo e acompanhar as ações judiciais que estão ocorrendo, antes de publicar uma informação caluniosa, esse bar, depois de sua abertura, simplesmente promovei até internamento clínico de morador idoso do edifício, e usar a “muleta” homofobia, para agredir moradores e expor a vida desses que possuem crianças, e são TRABALHADORES que possuem o direito de residir com dignidade é no mínimo uma acusação MUITO GRAVE.
    Caso o jornalista tenha interesse nos vídeos, imagens e fotos da maneira como o o BAR YAG funciona na Rua Trajano Reis, pode entrar em contato comigo, assim quem sabe o Dr Galindo, resolve levar o mesmo para debaixo de sua residência, sabe por quê jornalista? Por que o Sr dorme, a proprietária do bar dorme, mas mais de 200 famílias não dorme por causa desses bares YAG.

  7. Elton Marcos Farah

    Este e só mais um motivo para pessoas que frequentam os locais em questão,não votarem em Ratinho, pois o mesmo e opressor e mentiroso.
    Sou funcionário público aposentado, sei como age esse governo, só engodo e falsas promessas..portanto, o melhor e não lhe dar o voto…

  8. Um absurdo, sempre a mesma coisa, passa o tempo e esse povo ñ evolui, fui empresário da noite durante muito tempo, as “visitas” eram sempre assim, sábados, dias de festas e sempre tratando os estabelecimentos LGBTs como foras da lei, fazemos td como diz a lei, alvarás liberação de bombeiros e continuam a nos perseguir.

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