Curitiba termina ciclo de austeridade fiscal sem mexer em comissionados

Promessa de Greca era reduzir em até 40% o número de comissionados e gratificados na prefeitura. Mas cargos cresceram

A liderança do prefeito Rafael Greca (PSD) afirmou nesta terça-feira (22) que a aprovação final dos planos de carreira do funcionalismo público de Curitiba representa o fim do ciclo de austeridade fiscal implementado em 2017. Uma das medidas do pacote foi justamente o congelamento dos planos, agora reeditados em condições mais limitadas para os servidores. O corte em cargos comissionados e gratificados também chegou a ser uma resolução, porém, passou impune.  

Ainda em campanha, Greca prometeu enxugar em 40% os cargos em comissão as funções gratificadas da administração municipal como um passo para recuperar o fôlego fiscal da cidade. Em maio, o Plural mostrou que a resolução nunca foi cumprida.

Comissionados

Em meio à retomada das discussões sobre os novos planos de carreira na Câmara, a lotação de comissionados seguiu em alta.

Números do portal de dados abertos da prefeitura indicam que em julho, último levantamento disponível, a prefeitura contabilizava 938 nomes distribuídos entre as chamadas funções de confiança – das quais 504 eram de comissionados. Em dezembro de 2016, último mês antes da gestão Greca assumir, o montante era um tanto menor: 491.

Os dados indicam que, apesar da promessa, Greca decidiu excluir a possibilidade de reduzir cargos em comissão do pacote de austeridade fiscal adotado.

Em entrevista coletiva antes do início da sessão desta terça (22), o líder do prefeito na Câmara, o vereador Tico Kuzma (PSD), disse que a questão ainda ainda precisa ser “tratada com a administração”. Embora tenha dito não conhecer os quantitativos de lotados em cargos de confiança, o parlamentar se esquivou de críticas e defendeu a importância dos comissionados no setor público.

Servidores de Curitiba

“É importante falar que o serviço público é prestado pelo servidor de carreira, pelo servidor contratado em CLT, pelas parcerias e também aqueles servidores que são contratados em comissão. Como aqui na Câmara, também temos os servidores efetivos e em comissão que, todos juntos, fazem o trabalho. Inclusive os servidores em comissão que me ajudaram a protocolar as emendas que vai beneficiar todos os servidores de Curitiba”, respondeu aos jornalistas. “Em relação à diminuição eu não sei, mas tenho certeza de que todos os que estão trabalhando na prefeitura prestam o melhor serviço para a população de Curitiba”.

Em maio, ao comentar sobre os comissionados lotados, a prefeitura defendeu ter a menor proporção de cargos comissionados em relação ao total de servidores entre todas as capitais do país, segundo a mais recente Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE.

Colaborou Aline Reis.

Sobre o/a autor/a

3 comentários em “Curitiba termina ciclo de austeridade fiscal sem mexer em comissionados”

  1. Cesar Monte Serrat Titton

    Olá, boa pauta! Só que o texto deixou algumas dúvidas: a promessa era reduzir 450% ou 40%? E o ultimo mês antes dele assumir não seria dezembro de 2016, no lugar de 2019 como ficou ali?

  2. Greca é um patife. Um poço de soberania cafona. Não vejo nenhuma política pública na direção de um governo que pense uma cidade para dez ou vinte anos, em nenhuma área. Somente essa breguice que é o desgoverno dele. A cidade um caos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima