Já está em funcionamento o Centro de Referência Afro Enedina Alves Marques (Ceafro), em Curitiba. O órgão acolherá pessoas vítimas de racismo e dará os encaminhamentos necessários. A sugestão foi dada pela vereadora Giorgia Prates (PT), aprovada na Câmara Municipal e atendida pelo prefeito Rafael Greca (PSD).
Curitiba teve 144 inquéritos policiais relacionados ao crime de racismo entre 2011 e maio deste ano, conforme dados do Ministério Público do Paraná (MPPR).
Nesta semana o Tribunal de Justiça condenou Anoema Lopes Santana, 70, pelo crime de racismo contra o segurança Marcelo Melo, funcionário terceirizado da Câmara Municipal. A idosa proferiu uma série de ofensas raciais contra o trabalhador e foi presa em flagrante à época do crime.
Ceafro
O nome do órgão é uma homenagem para a primeira engenheira negra do Paraná, Enedina Alves Marques. O centro fica na rua Barão do Rio Branco, 45. O atendimento é das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. É preciso agendar com antecedência por meio do telefone 41 3221-2714.
Podem ser atendidas no Ceafro pessoas vítimas de discriminação racional , intolerância religiosa e xenofobia. As pessoas receberão apoio psicológico e jurídico gratuitamente.
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Além disso, conforme o texto original apresentado por Prates, a previsão é de que 80% dos servidores lotados no centro sejam negros para assegurar a representatividade e a sensibilidade para atendimento em casos de racismo.
“Esse é um legado que essa mandata deixa para todo o povo negro de Curitiba”, comemorou a vereadora.
De acordo com a prefeitura de Curitiba até o fim do primeiro semestre de 2024 o Ceafro será instalado em sede definitiva, no bairro São Francisco.
Serviço
Centro de Referência Afro (Creafro) – Enedina Alves Marques
Rua Barão do Rio Branco, 45, 2º andar, Centro
De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
(41) 3221-2714
Giorgia é uma ancestral do futuro. Firmando território e abrindo portas para que outras deem continuidade.
Como diz Angela Davis – Mulheres, cultura e política:
A política não se situa no polo oposto da nossa vida. Desejemos ou não, ela permeia nossa existência, insinuando-se nos espaços mais íntimos
Poderia ter um centro desses voltado para os/as indígenas.