Curitiba: “gambiarra” manteve indicador de bandeira amarela só por um dia

Secretaria Municipal de Saúde volta a ver o índice de Monitoramento Covid-19 voltar a passar de 2 um dia depois de mantê-lo em 1,85

Depois de ficar um único dia abaixo de dois, o Sistema de Monitoramento Covid-19 de Curitiba voltou a apontar para bandeira laranja nesta sábado e domingo. O sistema é composto por nove índices que, na teoria, ajudariam a analisar a situação da cidade frente a pandemia de coronavírus. Na prática, porém, a Secretaria Municipal de Saúde tem atuado para manter os indicadores abaixo de dois para evitar de voltar a declarar alerta laranja e restabelecer limitações a atividades não essenciais na cidade.

Foi o que aconteceu na última sexta-feira, dia 20, quando a secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, concedeu entrevista coletiva durante a manhã e afirmou que só abriria 24 leitos de UTI durante a semana (o que manteria o índice acima de dois e indicaria a troca de bandeira). No fim da tarde, porém, a secretaria municipal de Saúde anunciou a abertura de 42 leitos, mantendo o indicador em 1,89 e o alerta no amarelo.

No sábado, porém, a ocupação de leitos de UTI, que havia baixado para 75%, voltou a subir para 85% e levou o indicador para 2,15 neste domingo, dia 22.

A SMS também deixou de publicar em seu site de dados abertos informações atualizadas sobre o censo de leitos. O último dado disponível é de 19 de novembro, quinta-feira passada.

De qualquer forma, sem abrir leitos Curitiba estaria neste domingo com 97% das UTI ocupadas. No momento, os leitos exclusivos Covid-19 no SUS têm 81% de ocupação nas UTIs e 80% nas enfermarias. Entre os leitos de UTI de uso geral SUS a ocupação média é de 63%.

Segundo levantamento divulgado no sábado pela Secretaria de Estado da Saúde dois hospitais SUS em Curitiba permanecem com 100% de ocupação: Hospital do Trabalhador e Evangélico. E o Hospital de Clínicas (HC) tem 59 (97%) de suas 61 UTIs ocupadas.

Além da rede do SUS, a rede particular também está lotada. Neste domingo, o Hospital Nossa Senhora das Graças, que tem 29 UTIs Adulto, anunciou estar sem condições de receber pacientes em estado grave e com todos os leitos ocupados.

A situação não é limitada ao Nossa Senhora das Graças, que atendeu o prefeito Rafael Greca e a esposa quando ambos tiveram Covid-19 e foram internados.

Em julho e agosto a prefeitura abriu um máximo de 355 leitos de UTI. Neste momento, com os 42 leitos abertos na última sexta, a cidade já voltou a ter 324 leitos, apenas 33 a menos que no pior momento da pandemia.

Com cinco mil casos novos da doença identificados nos últimos quatro dias, tudo indica que Curitiba terá pelo menos mais duas semanas de situação grave e sistema de atendimento de saúde sob pressão. Será o suficiente para a prefeitura volta a limitar as atividades não essenciais? Ninguém sabe.

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12 comentários em “Curitiba: “gambiarra” manteve indicador de bandeira amarela só por um dia”

  1. Que a prefeitura se responsabilize, inclusive, por liberar feira na Praça Osório, apresentação no Botânico, com aglomerações, ao mesmo tempo em que os hospitais colapsam nas suas UTIs. Que prefeito inepto.

  2. O problema está aí e a causa não está no comércio, mas nas aglomerações em festas, bares, baladas e filas de banco…
    Já aprendemos a trabalhar, fazer compras, viver sem contaminação ou proliferação do vírus. É só não se expor.

  3. não adianta fechar comércio nas lojas todos com máscara uso de álcool distanciamento más quando eu vou pra casa passo pelo um bar ta cheio de gente sem máscara e bem próximo um do outro todos os dias inclusive no sábado

  4. JOAO BATISTA LUCINDO

    Que houve nas eleições com corona vírus adormeceu e só acordou agora, palhaçada e povo tem engolir , acreditar, que mundo e esse?.

  5. Espera aí, até as eleições estava tudo no trilho após as eleições o trem descarrila, não é muito estranho isso? Não dá pra acreditar mais e depois se fechar e abrir resolvesse a coisa já teria se resolvido. Porque não se faz uma campanha do uso precoce da medicação q está aí?

    1. Rosangela Rodrigues

      Bem isso festinhas bares lotados, o povo não está ligando mais, acho que a secretária da saúde vai esperar ficar fora de controle daí fecha as bares e festinhas

  6. Fala sério o que esta esperando a Secretaria de Saúde com Sr Prefeito para mandar fechar logo as atividades não essenciais??? Irão, primeiro não ter mais vaga de leitos de enfermaria e de uti pra fazer alguma coisa? Pois, o dista já está em colapso. Outra, eu não acho graça nenhuma mesmo q é já tá vaga não precisa colocar a população em risco. Ninguém quer ficar doente pegar esse vírus.

    1. Não adianta fechar o comércio o problema não está aí e sim na irresponsabilidade das pessoas que não está o nem aí para o vírus lamentavelmente. Churrasco, praia, reunião familiar e boteco aí tá o problema.

    2. Quando que a rede pública de saúde não esteve em colapso? Como essa secretaria pode dizer q a segunda onda chegará em fevereiro ou em março?O vírus ligou p ela avisando? Grande mentira isso de segunda onda, pois o vírus nunca foi embora e continua infectando as pessoas, até a eleição o vírus tinha sumido, agora q passou, voltou com força, quem não sabia que seria assim, mais uma mentira para deixar os covardes trancados dentro de casa, e os covardes querem isso mesmo, ficar dentro de casa.

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