Curitiba é a terceira cidade do Brasil com o maior número de células neonazistas. São 50 na capital paranaense. O município fica atrás somente de Blumenau, em Santa Catarina, com 63 grupos, e São Paulo, que tem 96. Os dados foram divulgados no relatório do Observatório Judaico de Direitos Humanos.
Segundo o documento, há movimentos neonazistas em 22 estados e no Distrito Federal. A maior concentração é em Santa Catarina, com 320 células. Em seguida aparece São Paulo, com 268, e o terceiro lugar do ranking é ocupado pelo Paraná, que conta com 197 células.
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”O fenômeno não é novo no Brasil, que sediou a maior filial do partido nazista fora da Alemanha, com 3.000 membros, na primeira metade do século XX”, diz trecho do relatório. Segundo o observatório, o que chama a atenção é que o ideário nazista, que nunca deixou de existir no país, “multiplicou-se a partir de 2019, com a eleição de Jair Bolsonaro, um representante da extrema-direita política e cujo discurso de ódio legitimou o avanço desses grupos”.
O relatório se baseou em reportagens publicadas em novembro de 2022 com informações da antropóloga Adriana Dias, maior referência nos estudos e mapeamento de grupos neonazistas no Brasil, que faleceu em janeiro deste ano.
Atos neonazistas no Brasil
O documento mostra que, desde 2015, o número de grupos neonazistas no país aumentou em mais de 15 vezes. Eram 72 em 2015 e 1.115 em 2022. Só entre outubro de 2021 e novembro do ano passado, a quantidade de grupos duplicou: de 530 para 1.117. Os dados referem-se a atividades que reúnem ao menos três pessoas em redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter e as plataformas russa VK e norte-americana Gab), aplicativos de mensagens, fóruns na internet e endereços da deep web.
O ano de 2022 responde por mais de 52% de todos os episódios envolvendo violações neonazistas registradas no país desde 2019. Dos 171 casos identificados entre 2019 e 2022, 89 se deram no ano passado. Além disso, dos 69 atos antissemitas ocorridos nos últimos quatro anos, 25 deles (36%) ocorreram em 2022.
Segundo o relatório, o tipo de ação mais frequente (52,5%) durante o período analisado foi o de manifestações utilizando símbolos característicos do nazismo, como a suástica, em roupas ou desenhados em locais públicos, e braços estendidos em referência à saudação nazista.
Episódios neonazistas ou antissemitas envolvendo violência física também foram destacados pelo observatório. Embora representem menos de 10% do total de casos, houve um aumento de cerca de 67% de 2021 para 2022.
Escolas
De acordo com o documento, entre 2019 e 2022, atos neonazistas e antissemitas em ambientes escolares no Brasil aumentaram 760%. No ano passado foram 43 episódios, contra sete em 2021, três em 2020 e cinco em 2019.
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O relatório também contabilizou violações de Direitos Humanos nas instituições de ensino entre 2019 e 2022 que não se limitaram apenas aos eventos antissemitas e correlatos. Nesse cenário, o observatório incluiu atos de racismo, homofobia, negacionismo, violência política, xenofobia, “inspirado em massacre”, “trotes”, assédio sexual, assédio político e vingança.
Conforme estes dados mais abrangentes, a região Sudeste foi responsável por quase 50% das 166 violações em escolas, que ocorreram predominantemente em São Paulo e Minas Gerais. Em segundo lugar fica a região Sul, com 18,7% do total do período. Das 31 violações contabilizadas pelo observatório no Sul, o Paraná foi palco de nove.
É lastimável ver algumas respostas. As pessoas não veem nenhuma correlação da cultura do ódio que alastrou no Brasil com atentados que vivenciamos neste ano em escolas . O patriotismo está sendo usado como pano de fundo para legitimar a violência entre brasileiros; olha a maneira que o sulista olha para o nordestino, cheio de preconceito, eles são brasileiros igual ao restante das outras regiões . A realidade está demostrando que esse discurso inflamado e o culto do ódio está servindo somente ao neonazismo , o ódio infelizmente não permite que as pessoas enxerguem isto!
Os nazi-fascistas tupiniquins que se acham brancos europeus , que encontraram um líder derrotado o miliciano Bozo, bando de derrotados e frustrados
Gilmar Mendes tem razão: a republiqueta de Curitiba tem o germe do f@$c|$mo.
Tá na hora de abolir essa quadrilha que migrou com essa ideologia e quase destruiu o mundo é uma ameaça a sociedade ao futuro do país e do mundo tinha que dá pena de morte pra esses assassinos nazistas que sempre cometeram esses monstruosidades chega nosso país não pode cair nessa armadilha como a Alemanha viveu tem que dá um freio nosso antes que seja tarde.
Prezados Hamilton,
Se o senhor acha que o texto “é desprovido de argumentação probatória científica e empírica que corroborem os pressupostos apresentados como verdadeiros”, certamente é porque deixou de acessar o link – disponibilizado no primeiro parágrafo da matéria – para o artigo científico do Observatório Judaico de Direitos Humanos.
Assim, convido o prezado a fazer isso e, após, rever o seu posicionamento aqui publicado.
Você pode até não concordar com a metodologia aplicada, mas não alegar que o texto “é desprovido de argumentação probatória científica e empírica que corroborem os pressupostos apresentados como verdadeiros”.
Parabéns pelo texto. Ele vem descortinar um pensamento que, por ser tão baixo, é sempre tratado às escondidas. Muitos aqui tentaram minimizar a ocorrência de ideais nazistas. Creio que por ignorância mesmo, em parte e em parte porque pensam igual.
Essa mania desses cu ritibanos de se acharem europeus e superiores aos demais brasileiros leva a esse falso d pibre e perigoso “patriotismo” ridículo.
Que absurdo, falta de matéria e tentativa de manipulação.
Afff dá preguiça… pobreza de conteúdo.
Isso é uma acusação gravíssima.
Que saiba é uma saudação a nossa Bandeira o que rapaz está fazendo
Perdoem , mas comparações com números absolutos não dão a verdadeira medida do nazismo, o correto é comparar o número de grupos nazistas com as populações das cidades de São Paulo, Curitiba e Blumenau.
Fazendo isso , resulta os seguintes números de grupos nazistas por 100 mil habitantes: 0,73 (SP), 3,36 (Curitiba) e 13,8 (Blumenau).
Em síntese, a cidade que tem mais grupos nazistas por 100 mil habitantes é Blumenau, em.segundo lugar aparece Curitiba e, em terceiro lugar, vem a capital paulista.
100 mil.
Quanto desinformação e falta de profissionalismo!! Essa é a saudação integralista, do braço ao céu, e não a saudação nazista, onde o braço é esticado mais a frente. Além disso, integralismo não é crime, e esse jovem é exemplo do movimento integralista. Matéria tendenciosa e completamente sensacionalista!
Boa parte dos comentários aqui comprova que Gilmar Mendes tem razão quando diz que “Curitiba tem o germe do fascismo”.
Isso que vc não viu o que eu apaguei
Como se fosse apenas algumas suásticas nos muros e a saudação.
E o pouco caso com as mortes?
Tivemos ataques aos povos originários, negros, mulheres, LGBTQ ia+…
E a carta escrita pelo ex Presidente para os nazistas?
E os símbolos de supremacia branca em algumas oportunidades e em público?
E o blogueiro defendendo a existência de um partido Nazista?
QUALQUER apologia ao nazismo deve ser investigada e se confirmada, muito, mas muito combatida.
Parece até ingenuidade para quem defende ou minimiza. Mas não é.
Nao tem materia p postar fica inventando essas coisas aff
Ótimo texto Cecília.
Mostrando o reflexo de 4 anos de demência intelectual que passamos. Os pontos abordados são uma realidade crescente no Brasil e tem pessoas que insistem em legitimar esses atos, tomando pra si as cores do nosso Brasil.
Me preocupa muito que a imagem que “agora ” retrata o neonazismo no brasil, seja a camisa com as cores verde / amarela e que o posicionamento político de direita seja também relacionado a este abominável movimento. Esse discurso somado as imagens cada vez mais, causa o separatismo em grupos e tenta calar a voz de quem defende outra forma de projeto de governo. Pra quem lê só um pouco de geopolítica sabe que tudo isso tem planejamento e tem intensão. A mídia que deveria ser neutra também escolheu um lado, basta perceber que ninguém mais fala do desmatamento da Amazônia que triplicou, que o auxílio desemprego cresce exponencialmente que o gasto governamental com coisas fúteis não retrata economicamente a realidade brasileira e outros que não se pode mais discutir, pois opiniões contrárias são tratadas como discurso de ódio e pra isso a proposta é calar as vozes destoantes. Isso é a nova ” democracia”.
O responsável pela matéria viajou na maionese.
Cecília, parabéns pelo seu ótimo, esclarecedor e estarrecedor texto. Como o germe do fascismo local é resistente, veja quanta gente que não entendeu nada de nada se manifesta tentando defender o indefensável. Além do relatório aqui citado, o trabalho da saudosa professora Adriana Dias confirma o que certas pessoas insistem em não enxergar. Quem sabe, ofuscados pelo verde-amarelismo fanático e alucinado que tomou conta de vidas vazias de sentido.
Mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho.
Bom dia!
De acordo com a matéria, o Neo Nazismo está aumentando, ponto.
De acordo com a imagem de fundo, quer nos fazer associarmos o patriotismo aos grupos Neo Nazistas? É isso mesmo? 🧐
Matéria pra lá de tendenciosa, até onde sei, o Nazismo é representado por um símbolo da Suástica e não por patriotas de Verde e Amarelo, cores da nossa Bandeira…
Por favor, sejam mais criteriosos na escolha de imagens ao preparar a edição, pois de verdade, quero crer que isso foi um engano e não proposital…
Espero resposta…
Tenham um bom dia
O texto, além de denotar o inequívoco caráter ideológico de Esquerda da Jornalista, é desprovido de argumentação probatória científica e empírica que corroborem os pressupostos apresentados como verdadeiros.
Ainda da veracidade de algumas citações de fatos históricos, a sua correlação com o tempo presente, associada a um pretenso levante de um grupo após a eleição de um candidato representante da Direita no País não se sustenta, devido a carência de material probatório, e mais ainda, vai de encontro com a realidade dos fundamentos político/ideológicos que deram origem e ativação aos movimentos fascista e nazista na primeira metade do século XX.
A Verdade intelectual é premissa para o desenvolvimento do bom jornalismo, e jamais pode ser eivada pelos sentimentos e ideologias de seu interlocutor, sob risco de reproduzir discursos e narrativas que se afastem da realidade.
Espero que a Autora tome o presente como uma possibilidade de reflexão e aprimoramento de sua atividade intelecto-laboral.
Quem fez o artigo precisa de tratamento. Saudação a Bandeira do Brasil comparado neonazismo. Geração perdida!
Qt palhaçada
Um ou outro maluco mas, 50 grupos, piada né ?
Eu mesmo estou enojado de grande parte dos políticos do Brasil, da maioria do, podre, judiciário brasileiro
Qd poderei passar p convencer Sc
Os
Juízes
Que pena! Pessoas mentalmente fracas e ociosas. Esse tempo que perdem para maltratar outros e instigar o ódio, achando que a raça ariana é pura ( pura vergonha), deveriam trocar por serviços comunitários.