Conselho aprova terceirização de UPAs

O Conselho Municipal de Saúde aprovou nesta quarta, dia 19 de junho, a proposta de ampliação da terceirização da gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba. A decisão teve 19 votos favoráveis e 9 contrários e acontece às […]

O Conselho Municipal de Saúde aprovou nesta quarta, dia 19 de junho, a proposta de ampliação da terceirização da gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba. A decisão teve 19 votos favoráveis e 9 contrários e acontece às vésperas do aniversário de um ano do contrato de gestão da UPA CIC com o INCS, única unidade a ter esse tipo de administração na cidade hoje.

A sessão do conselho foi tumultuada e começou com atraso depois que tentaram impedir a entrada de representantes dos sindicatos e entidades de classe na sala. A Secretaria Municipal de Saúde, em cuja sede aconteceu a reunião, alegou que o ambiente não tinha estrutura para receber as pessoas que queriam acompanhar a votação. A Guarda Municipal chegou a ser chamada e fez o isolamento da entrada do prédio.

No entanto, depois de uma negociação que contou com a presença da vereadora Maria Letícia Fagundes (PV), vários sindicalistas e profissionais conseguiram entrar e acompanhar a sessão. As entidades de classe alegam que a terceirização proposta pela prefeitura reduz a qualidade do atendimento e piora as condições de trabalho dos médicos.

A secretária municipal de Saúde, Marcia Cecilia Huçulak, apresentou a proposta e defendeu que o gerenciamento por organização social é legal e que as críticas são “pessoais e ideológicas”. Ela também disse que o modelo já está em vigor em mais de 300 municípios e que ela garante agilidade na reposição da equipe.

O projeto também foi defendido pelo representante, no Conselho, da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (FEAES), que administra a UPA Tatuquara, que disse que as OS são um avanço natural no sistema.

Também se manifestou a vereadora Maria Letícia, que defendeu que a prefeitura aguarde que se possa avaliar os resultados da gestão da UPA CIC antes de expandir o modelo. E que municípios que adotaram o mesmo modelo lidam agora com denúncias de corrupção.

Representantes do Sindicato dos Médicos e dos servidores municipais também questionaram a qualidade do trabalho na UPA CIC, inclusive a ausência de pediatras e a denúncia de que os pacientes têm sido encaminhados para outras unidades.

Com a aprovação no Conselho, a Secretaria Municipal de Saúde passa a conduzir o processo de chamamento de entidades para as demais UPAs.

 

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