Comunidade do MST se torna assentamento após 20 anos

Famílias comemoram vitória na comunidade Emiliano Zapata, em Ponta Grossa, com festa neste neste sábado (16)

A comunidade Emiliano Zapata, em Ponta Grossa, vai promover uma festa neste sábado (16) para celebrar uma conquista que levou 20 anos de luta e resistência: a transformação da área em assentamento oficial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A comemoração, aberta ao público, marca o início de uma nova fase para as mais de 70 famílias que fazem parte da comunidade.

A programação da festa contará com diversas atividades. Às 9 horas, haverá visita às unidades produtivas e espaços coletivos. Com isso, os participantes terão a oportunidade de conhecer de perto o trabalho das famílias assentadas. Às 10 horas, será realizado um ato político com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Às 11 horas será servido o almoço comunitário, oferecido gratuitamente pelas famílias.

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Ao longo do dia, os participantes também terão a oportunidade de comprar produtos na Feira da Reforma Agrária, que oferece alimentos agroecológicos produzidos no assentamento e em outras comunidades do MST, além de produtos da Economia Solidária. A festa será animada por grupos de música.

A história da comunidade Emiliano Zapata é de luta e resistência. Localizado a 20 quilômetros do centro de Ponta Grossa, a área de 630 hectares que pertenceu à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) foi ocupada há 20 anos. Desde então, as famílias transformaram a terra, dedicando-se à produção de alimentos por meio de práticas agroecológicas.

A criação da Cooperativa Camponesa de Produção Agroecológica da Economia Solidária (Cooperas) em 2011 impulsionou ainda mais o desenvolvimento da comunidade, permitindo a comercialização dos produtos e a entrada em programas nacionais de apoio à agricultura familiar.

Além disso, parcerias com instituições e programas de extensão universitária fortaleceram os laços com a sociedade urbana, enquanto a solidariedade durante a pandemia destacou o compromisso da comunidade com o bem-estar de todos, dentro e fora dos limites do assentamento.

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