Abaixo-assinado e projetos de Lei na Câmara para atenuar preço da passagem

Passe no transporte público de Curitiba custa R$ 6 e não houve mudanças na prestação do serviço

No início deste mês a prefeitura de Curitiba reajustou o valor das passagens de ônibus na capital, que agora custam R$ 6, tarifa mais alta entre as capitais do país. O preço desagradou usuários e também mobilizou políticos.

Um deles, vereador Dalton Borba (PDT), lançou um abaixo-assinado por meio das redes sociais. O objetivo, segundo o parlamentar, é saber que o serviço prestado aos passageiros corresponde ao valor pago.

A ideia é criar uma lista com sugestões para elaborar projetos de lei para melhorar o transporte e “minimizar os impactos do aumento da tarifa”. Para assinar basta clicar aqui.

Na Câmara

Em paralelo tramitam na Câmara dois projetos de Lei, apresentados também pelo vereador, para ampliar o benefício do desconto de 50% para estudantes e outra com ajustes para a baldeação.

Em Curitiba a Lei que garante descontos para estudantes é do ano 2000. Para o vereador a Lei precisa ser atualizada. “Como a inflação impactou diretamente os custos de vida da população, torna-se necessário rever esses valores”, explica.

O PL altera trechos do texto e institui que estudantes terão passe-escolar durante o período letivo com redução de 50% e o fornecimento de 2 vales-transporte diários, para utilização no Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Curitiba. A alteração também prevê reajuste das faixas de renda das famílias para que mais estudantes tenham direito ao benefício.

Curitiba tem 72 opções de integração temporal para os passageiros, ou seja, permissão para trocar de ônibus sem pagar uma nova passagem durante um período determinado de tempo.

As integrações temporais incluem troca de linhas em estações-tubo, entre pontos de ônibus, e ainda a conexão de terminais com Ruas da Cidadania e com o Mercado Municipal Capão Raso, e o tempo de utilização varia entre 5 minutos e 2 horas, conforme o local e o tipo de conexão.

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Todavia, Borba aponta que há apenas 7 estações-tubo na cidade inteira que têm o sistema. “Temos 72 opções de integração temporal, mas em mais de 200 pontos ela não existe, dificultando a baldeação dos passageiros, que precisam pagar duas passagens por situações simples, como atravessar a rua, pois os ônibus estão um na frente do outro”, argumenta.

Aumento

O reajuste aplicado foi o “mínimo possível para manter a sustentabilidade do sistema” diante de custos como os do diesel, com alta de 16%, e despesas com veículos, como amortização e peças, que ficou 9,58% mais caro, segundo a Urbanização de Curitiba (URBS).

A tarifa técnica, segundo a operadora, seria de R$ 7,30. Esse seria o custo real da passagem para os usuários. No ano passado houve um subsídio de R$ 132 milhões destinado às empresas de ônibus pela prefeitura para amenizar a diferença entre o valores pagos pelos usuários e a tarifa técnica.

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1 comentário em “Abaixo-assinado e projetos de Lei na Câmara para atenuar preço da passagem”

  1. Nada mudará a tarifa do transporte coletivo de Curitiba se o prefeito Rafael Greca não mudar sua relação de subordinação aos empresários de ônibus e tomar a atitude que fez o prefeito de Araucária, repactuou o contrato, eliminando onde estão as falcatruas o IPK ( número de passageiros) e passando a pagar por KM rodado, foi assim que a tarifa caiu de R$4,90!para R$1,25.

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