Vereadores de Curitiba aprovam reajuste do funcionalismo (e do próprio salário)

Reajuste de 5,19% terá impacto de R$ 33 milhões por mês para o município

A Câmara de Curitiba aprovou em regime de urgência o reajuste de 5,19% dos salários dos servidores públicos nesta terça-feira (14). A medida beneficia não só os funcionários do município, mas também conselheiros tutelares e vereadores. O salário bruto dos vereadores aumentará quase mil reais, passando de R$ 18,6 mil para R$ 19,6 mil. O reajuste repõe a inflação do último ano e foi defendido pelo prefeito em exercício Eduardo Pimentel (PSD) na mensagem encaminhada ao Presidente da Câmara, Marcelo Fachinello (Podemos).

De acordo com as previsões, o impacto do reajuste dos servidores será de R$ 33 milhões em novembro e dezembro. Para o próximo ano, a previsão da despesa é de R$ 183 milhões e chegará a R$ 190 milhões em 2025, enquanto o impacto do reajuste para os conselheiros tutelares será de R$ 260 mil em 2024.

O projeto foi aprovado com 28 votos favoráveis e nenhum contra. Também os membros da oposição votaram a favor do projeto afirmando que a lei vai beneficiar em particular os servidores públicos que mais precisam, como os professores e os trabalhadores aposentados. “Sobre o projeto, não há nenhuma oposição”, afirmou a vereadora Giorgia Prates (PT) que foi coautora de duas emendas para tentar um reajuste maior para os profissionais do magistério.

O regime de urgência foi defendido pelo vereador Tico Kuzma (PSD), líder do prefeito e foi aprovada na última quarta-feira (8) com 24 votos a favor. Votaram contra as representantes do Partido Novo, Amalia Tortato e Indiara Barbosa, Marcos Vieira (PDT) e Maria Leticia (PV).

Abono rejeitado

O PT, juntos com Maria Leticia (PV) e Noemia Rocha (MDB), propôs duas emendas ao projeto de lei. A primeira previa um abono natalino de R$ 300 aos servidores inativos para dezembro deste ano; a segunda medida dizia respeito a um reajuste de 13,75% para os professores em decorrência das perdas salariais acumuladas desde 1999.

“Pedimos os votos favoráveis a essas duas emendas para que a gente possa resgatar um pouco da dignidade da vida dos professores e dos aposentados da nossa cidade”, disse Angelo Vanhoni (PT). A maioria da Câmara rejeitou a primeira proposta, que teve votos apenas do PT, de Maria Leticia (PV) e de Marcos Vieira (PDT). Apesar de ter recebido votos favoráveis parte também de vários vereadores da direita, o aumento dos salários para os professores foi recusado pela Câmara.

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