PRF nega que esteja “passiva” em relação aos protestos e diz que já autuou 100 caminhoneiros

Coletiva de imprensa nesta manhã começou com atraso e sem a presença do ministro da Justiça e Segurança, Anderson Torres

Membros a alta cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deram entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (01), em Brasília, para falar dos bloqueios das estradas no Brasil, organizadas por grupos bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições.

Estava prevista a presença do ministro da Justiça e Segurança, Anderson Torres, que cancelou a ida de última hora. O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, também não participou. A coletiva foi conduzia então pelo diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo Barros.

Questionada pelos jornalistas sobre a demora para reagir aos atos antidemocráticos, a PRF negou que tenha sido passiva e afirmou que mais de 100 caminhoneiros foram autuados até o início da tarde, com multas de até R$ 17 mil. “Desde o primeiro momento a PRF está 100% empenhada em resolver”, disse Territo.

Até o início da manhã havia 227 pontos de bloqueio em todo país. Destes ao menos 33 eram no Paraná.

Os jornalistas também perguntaram sobre a conduta de agentes em vídeos que circulam nas redes sociais. Uma destas imagens mostra um policial dizendo que a única ordem [do comando da PRF] era para que eles “estivessem ali”.

Territo negou que este seja o protocolo adotado e afirmou que a declaração será investigada.

Eleições

A PRF realizou diversas blitze durante o domingo (30), retardando o deslocamento eleitores principalmente no Nordeste. Vasques, responsável pelo comando da PRF, vai ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), que emitiu diversas recomendações para que a PRF agisse contra os atos antidemocráticos.

Nos grupos de aplicativos de mensagens, além de estimularem e combinarem pontos e bloqueio, bolsonaristas pedem intervenção militar, criticam o STF e dizem que vão manter os atos, embora o movimento tenha desidratado nas últimas horas.

O movimento não é organizado por entidades ligadas aos caminhoneiros nem ao setor de transporte, mas por apoiadores do candidato derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro, que não aceitam o resultado das urnas.

Nesta terça-feira (1º), além disso, o STF formou maioria para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a imediata desobstrução de rodovias e vias públicas que estejam com o trânsito interrompido ilicitamente.

Ontem à noite o ministro Moraes determinou a imediata desobstrução de rodovias e vias públicas que estejam ilicitamente com o trânsito interrompido. Alexandre de Moraes também determinou, em razão de apontada “omissão e inércia”, que a Polícia Rodoviária Federal adote imediatamente todas as providências.

Durante a coletiva em Brasília nesta manhã, o diretor-executivo da PRF afirmou que todas as ordens e determinações foram seguidas pela corporação, mas não apresentou uma previsão para que a situação seja normalizada.

Nesta tarde, no Paraná, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Coronel Hudson Leôncio Teixeira, também fará uma coletiva para explicar como a PM vai agir no Estado.

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