Partidos começam a discutir apoios para eleições municipais em Curitiba

Articulações devem mirar em “frente ampla” para combater ascensão da extrema-direita que deve lançar Dallagnol

De olho nas eleições municipais do ano que vem partidos já começam articulações para levantar candidaturas viáveis para o ano que vem. Nesta semana representantes do PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PSOL, PT, PV e Rede se reuniram em Curitiba para começar a costurar acordos.

Essa primeira conversa ocorreu durante a reunião da “Coalizão em Defesa do Paraná”, uma ofensiva preparada por opositores contra a privatização da Copel e o modelo de pedágio defendido pelo governador Ratinho Jr. (PSD).

Durante o encontro, porém, outra pauta importante foi a eleição municipal. Pela extrema-direita o nome mais forte entre os apoiadores é o do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), eleito com mais de 340 mil votos no último pleito, ainda sob a bandeira lavajatista.

Além dele, também surge o nome do vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), atual secretário de Ratinho Jr. e que deve ser apoiado pelo governador e pelo prefeito Rafael Greca (PSD). Pimentel espera ser a “terceira via” entre uma eventual candidatura de esquerda e Dallagnol.

Os partidos da “Coalizão” não endossam nenhum dos nomes. O PSDB, de acordo com o ex-deputado Michele Caputo, pode lançar candidatura própria. O nome ventilado pelas lideranças é o do ex-governador e atual deputado federal Beto Richa.

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“Houve dois partidos que foram muito prejudicados pela Lava-Jato, o PT e o PSDB”, disse Caputo ao descartar quaisquer apoio aos bolsonaristas.

Esquerda

Os partidos de esquerda ainda não começaram as conversas para pensar em nomes específicos para a prefeitura de Curitiba – o histórico de voto conservador na cidade joga contra o PT sobretudo.

O PDT, agora presidido pelo deputado Goura, estuda internamente qual direção tomar. Um quadro valioso é a professora Eneida Desiree, que foi candidata ao Senado nas últimas eleições.

A conversa entre as lideranças, todavia, não exclui apoios em segundo turno. O presidente do PT no Paraná, deputado estadual Arilson Chiorato, falou em construir alianças com os partidos que estiveram na reunião.

“Vamos tentar caminhar juntos nos 399 municípios do Estado o quanto for possível. Às vezes no primeiro turno, às vezes no segundo turno. Claro, pode haver alguma cidade que não dê certo, mas é uma defesa ampla da democracia, um combate ao bolsonarismo que ainda está presente na Lava-Jato e ao desmonte provocado pelo Ratinho Jr.”, disse

A ideia, no entanto, não está fechada dentro do próprio PT. O presidente municipal do partido disse que apenas na próxima semana haverá conversa entre os filiados para começar a definir quais caminhos serão seguidos nas municipais.

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