A Polícia Rodoviária Federal, que é acusada pela Federação Brasil da Esperança de fazer uso político de operações contra o transporte de passageiros neste segundo turno da eleição, manteve no sul o mesmo patamar de operações realizadas no primeiro turno. Foram 43 operações no primeiro turno e 48 no segundo turno. O atual presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), venceu a eleição nos três estados do Sul no primeiro turno.
A situação é bem diferente no Nordeste. No Maranhão, onde Lula teve 68,8% dos votos no primeiro turno, a PRF realizou 5,8 vezes mais operações neste dia 30 de outubro. No primeiro turno, no dia 2 de outubro, foram 10 operações no estado. Neste domingo, já foram 58 operações no mesmo local. No Alagoas, onde Lula teve 56,5% dos votos, no primeiro turno houve 7 operações. Neste domingo, porém, 85 operações atuaram sobre o transporte coletivo no estado.
Outro estado, o Pará, teve três vezes mais operações neste segundo turno. Foram 15 no primeiro turno e 46 no segundo turno. Lá Lula venceu no primeiro turno com 52,22%.
Enquanto isso, no Paraná foram 24 operações neste dia 30 e 29 operações no primeiro turno, em Santa Catarina tivemos 7 operações no primeiro turno e 19 no segundo e no Rio Grande do Sul foram também 7 operações no primeiro turno e 5 no segundo.
O aumento aconteceu mesmo depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter determinado que não fossem realizadas operações que impedissem o transporte de eleitores no país. Em declaração à imprensa, Alexandre de Moraes – presidente do TSE – afirmou que as operações atrasaram os eleitores, mas não impediram a chegada deles às seções eleitorais.
O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), publicou, no Twitter, vídeo que mostra pessoas paradas na estrada pela PRF a menos de duas horas do encerramento da votação (quando já havia uma nova ordem de suspensão das operações).
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