Mathues Laiola, ex delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio ambiente de Curitiba e agora deputado federal pelo União Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná no âmbito da Operação Mônaco nesta segunda-feira (23). A ação do Gaeco investiga crimes de concussão, sequestro e cárcere privado que teriam sido cometidos por quatro policiais.
De acordo com a denúncia, em fevereiro de 2019, Laiola e três investigadores da Polícia Civil teriam pedido R$ 50 mil de um dono de uma rede de postos de gasolina da Região Metropolitana de Curitiba para liberar um funcionário preso dias antes “sem qualquer fato ou ordem judicial que justificasse a prisão”. Os policiais afirmaram que havia provas de possível irregularidades ambientais no estabelecimento.
Depois do suposto pagamento de R$ 10 mil por parte do proprietário do posto aos quatro agentes investigados, o empregado foi liberado. A denuncia contra Laiola e os demais policiais foi recebida pela 4° Vara Criminal de Curitiba, que agora terá que decidir se abre ou não um processo criminal. Até o momento, o processo corre sob sigilo.
A defesa do deputado se manifestou por meio de uma nota ao site G1 afirmando “que os fatos apresentados pelo Ministério Publico não condizem com a realidade” e que no processo o deputado vai demonstrar sua inocência.
O delegado Laiola foi alvo de uma busca e apreensão das primeiras fases da Operaçao Mônaco em julho de 2022, quando estava em pré-campanha para deputado federal. Nas casas dos investigados, foram encontrados foram encontrados 29 mil dólares, uma arma de fogo, 16 celulares, documentos e equipamentos eletrônicos. “Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade”, se defendeu Laiola em suas redes sociais após o cumprimento dos mandados.
Durante a convenção do União Brasil ocorrida em agosto de 2022, o Plural já havia questionado o então pré-candidato sobre a oportunidade de concorrer as eleições apesar de uma investigação em andamento. Na época o delegado respondeu: “A gente não tem nenhum tipo de condenação e a investigação está no inicio. Então eu não vejo problema algum. A gente não tem nenhuma proibição legal”.
Em caso de uma possível denúncia apresentada pelo MP durante o seu futuro mandato no Congresso, o então pré-candidato Laiola havia opinado: “Eu vou continuar eleito e vou continuar representar o povo parananense”.
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