A vereadora Maria Letícia (PV) voltou a participar nesta terça-feira (28) da sessão plenária da Câmara Municipal após ser detida pela Polícia Civil por conta de um acidente na noite de sábado (25). A vereadora entrou na Câmara apenas no momento do início da sessão e, por meio da assessoria de imprensa da Câmara, informou que não iria falar com a imprensa.
Alguns vereadores foram cumprimentar a vereadora depois que Marcia Letícia se sentou na mesa diretora, como Dalton Borba (PDT), Indiara Barbosa (NOVO) e Noêmia Rocha (MDB). Maria Letícia parecia tranquila, ficou na Câmara vinte minutos sem usar a palavra e deixou o plenário logo depois.
O episódio pode afetar o mandato e da vereadora também a sua possível candidatura nas próximas eleições municipais, em particular depois da abertura nesta segunda-feira (27) de uma investigação pela Corregedoria da Câmara.
Falando com a imprensa, o corregedor Ezequias Barros (PMB) declarou que já avisou a vereadora sobre a acusação, mas disse que não falou ainda com ela respeito do caso. “Já entramos em contato com a Polícia Militar buscando todas as informações. Espero que a vereadora venha pessoalmente para falar sobre o assunto”. São duas as acusações feitas contra Maria Letícia: a suposta resistência aos policiais que atenderam a ocorrência e a suspeita de que estivesse conduzindo um carro sob efeito de álcool.
O corregedor terá 30 dias para discutir o caso e decidir se será encaminhado ao Conselho de Ética, que em última instância tem poder até para cassar o mandato da vereadora. “As acusações são graves porque quando faz a sua CNH você sabe que não pode conduzir e beber mas estamos buscando todas as informações. Quero conversar com a vereadora e também com os policiais para ouvir os dois lados”, comentou o corregedor a respeito do caso. De acordo com as previsões de Barros, o trabalho da corregedoria poderá se encerrar ainda em dezembro se a vereadora Maria Letícia decidir se apresentar dentro do prazo.
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No sábado a vereadora do PV foi detida depois de ter causado um acidente com seu carro. De acordo com a reconstrução da Polícia Militar, ela parecia estar embriagada e vários vídeos demonstrariam que a vereadora estava alterada antes de entrar no camburão da Polícia.
No domingo, ela foi solta por ordem da Justiça e, por conta de uma consulta médica, não participou da sessão na Câmara no dia seguinte.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais na segunda-feira, a vereadora se defendeu explicando que toma um remédio que pode causar vários efeitos colaterais, entre eles “sonolência, amnésia, dificuldade na fala e confusão mental”. Ela no entanto não comentou a reconstrução dos fatos feita pela Polícia. No vídeo ela não explica porque decidiu conduzir o carro apesar de estar tomando esses medicamentos.
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