Em Curitiba, Léo Pericles diz ser opção para “derrotar o fascismo nas urnas”

Candidato da Unidade Popular à Presidência apresenta pauta socialista em Curitiba

O objetivo da corrida eleitoral de Léo Péricles, candidato à presidência do Brasil pela Unidade Popular, é derrotar o bolsonarismo nas urnas e nas ruas. “Nos consideramos que a UP já conseguiu uma vitória política muito importante, mas buscamos evidentemente uma vitória eleitoral. Essa é uma luta para derrotar o fascismo no Brasil, que é uma ameaça de golpe no nosso pais”, afirmou Léo Péricles na entrevista concedida ao Plural durante o bate-papo aberto organizado pela UP em conjunto com a União da Juventude Socialista (UJS) no centro de Curitiba nessa quarta-feira (14). O ex-vereador Renato Freitas (PT) também presenciou o evento para debater com o candidato da UP.

A aventura política da UP nasceu durante as manifestações de junho de 2013. “Para nós aquele momento foi o inicio de uma nova conjuntura política no Brasil, sem dúvida nenhuma. Todas as classes sociais estavam para rua em 2013, mas os frutos da direita cresceram mais rapidamente em relação aos frutos da esquerda. A UP nasceu naquelas jornadas. Naquele período nós olhamos para a política e chegamos à conclusão que havia um esgotamento dos atuais partidos”, explicou Péricles.

Até hoje, a UP é o partido mais jovem do Brasil a concorrer às eleições e se propõe como uma alternativa aos demais partidos de esquerda. “Do ponto de vista político, conseguimos mobilizar milhares de pessoas sem que elas recebam um centavo, assim resgatamos a militância voluntária”, continuou o candidato à presidência da UP. Dado que este partido ainda não alcançou pelo menos 2% dos votos, a cláusula de barreira impede a Unidade Popular de ter tempo de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de televisão, além da oportunidade de participar aos debates com os demais candidatos. “Esse é o maior desafio que a gente enfrenta”, afirmou Péricles.

Precisamente por isso, o dirigente da UP está visitando os diferentes estados do país para explicar as suas propostas. “O nosso é um programa de base socialista, de mudança estruturais do Brasil. Um conjunto de medidas como a reforma agrária e urbana, além da taxação de grandes fortunas”, disse o candidato.

Todas as pesquisas afirmam que a UP não chega a 1% das intenções de votos. Por essa razão, Péricles é realista sobre os possíveis resultados de sua campanha eleitoral. “Derrotar o fascismo é o nosso principal objetivo, mas o segundo é que o partido saia muito maior do que entrou no processo eleitoral. Precisamos crescer, sair com um partido bastante fortalecido. Trabalhamos para conseguir eleger um deputado. Temos candidatos ao Congresso, ao Senado e ao governo de vários estados. Por exemplo em São Paulo e no Rio, os nossos candidatos estão em quarto lugar nas pesquisas. Estamos plantando sementes”, afirmou Péricles que anunciou o apoio para Lula em um provável segundo turno. “Aquela é uma outra eleição. A gente está falando para as pessoas que essa ideia do voto útil acaba tirando as esperanças dos eleitores. É muito importante que as pessoas votem porque acreditam no primeiro turno.”

Renato Freitas (PT), que participou do bate-papo com Léo Péricles, também manifestou apoio à sua candidatura: “Acredito que é necessária a candidatura do Léo porque é revolucionaria e amplia os horizontes políticos, no que diz respeito as pautas que o Léo reivindica, mas a campanha que nós faremos é para meu partido, que é o PT.” Ao mesmo tempo, porém, Freitas destacou a diferença entre o PT e a UP: “O Léo não propõe conciliação, ele propõe a transformação radical, porque o Léo faz parte daquelas pessoas que nunca foram representadas. Do outro lado, o meu Presidente tem uma proposta de conciliação porque foi a estratégia que ele achou mais coerente para unificar uma oposição contra Bolsonaro e se tornar Presidente.”

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