Confusão entre ativista e vereador de Curitiba vira caso de polícia

Ativista da Movimenta Feminista Negra, Telma Mello e vereador Rodrigo Reis (União) trocaram acusação durante visita de ministro a Curitiba

A ativista da Movimenta Feminista Negra, Telma Mello, e o vereador Rodrigo Reis (União Brasil) protagonizaram uma discussão durante a visita do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. O ministro esteve em Curitiba na semana passada e a situação virou caso de polícia.

Almeida cumpriu agenda na Escola de Segurança Alimentar e Nutricional Patrícia Casill no dia 7 de julho. Na ocasião, ele estava acompanhado do prefeito Rafael Greca (PSD) para lançar a operação “Inverno Acolhedor”.

A secretária-executiva do Ministério, a curitibana Rita Oliveira, reforçou a urgência da ação e lembrou das pessoas em situação de rua.

A operação é realizada pelo Ministério e terá investimento de R$ 5 milhões nas capitais do sul e do sudeste durante o inverno, que é rigoroso nessas regiões. De acordo com o Ministério, serão distribuídos itens que ofereçam proteção térmica, além de serem desenvolvidas ações do poder público voltadas ao acolhimento das pessoas em situação de rua para fornecer orientações sobre cuidados com a saúde e o funcionamento da rede de serviços especializados no atendimento desse público.

Além disso, Almeida também anunciou recurso de R$ 1,1 milhão para atendimento de pessoas em situação de rua, dos quais são R$ 700 do governo federal e R$ 400 mil da prefeitura.

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Rodrigo Reis

O vereador Rodrigo Reis, durante o evento, fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais discordando de algumas medidas. Para ele, os locais de atendimento e acolhimento de pessoas em situação de rua precisam ser “melhor estudados”.

Durante a transmissão, a ativista Telma Mello chamou o vereador de racista porque Reis deu declarações dizendo que pessoas em situação de rua deviam ser retiradas do centro da cidade. Eles não se conheciam antes desse episódio.

Melo registrou um boletim de ocorrência por injúria no 2º Distrito Policial de Curitiba. No documento, ela afirma que foi xingada de “louca, idiota e barraqueira”.

Reis, por sua vez, afirmou ao Plural que não conhecia a ativista e que em nenhum momento teve atitudes racistas. “Eu não sou contra [o acolhimento de pessoas em situação de rua], apenas acho que isso tem que ser discutido com o legislativo. Eu não conheço essa senhora, mas nosso jurídico será acionado”.

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1 comentário em “Confusão entre ativista e vereador de Curitiba vira caso de polícia”

  1. O que mais poderíamos esperar de um político que ao invés de trabalhar pela população carente, sugere que sejam tiradas das ruas do centro de Curitiba e levadas para onde ninguém sabe. A ‘Nau dos Excluídas’ tá voltando? Se o nobre deputado tem como objetivo se ver livre de pessoas pobres e negras, melhor largar a política: eles não desistirirão!

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