Cassação de Francischini e aliados causa a demissão de 52 comissionados na Assembleia

Exonerados estavam lotados em gabinetes, lideranças e comissões ligados a Francischini e colegas do PSL que também perderam o mandato

Quase todas as dez páginas da edição de quarta-feira (3) do Diário da Assembleia Legislativa do Paraná são dedicadas a exonerações de servidores comissionados ligados aos ex-deputados Fernando Francischini, cassado pelo TSE por mentir sobre fraude nas urnas eletrônicas, e Emerson Bacil, Do Carmo e Subtenente Everton, que perderam o mandato após mudanças no cálculo das eleições de 2018 causadas pela anulação dos votos de Francischini. Todos os parlamentares são do PSL.

Ao todo, foram publicadas 52 exonerações, sendo 14 vinculadas ao Subtenente Everton, 9 a Emerson Bacil, 9 a Do Carmo, 7 a Fernando Francischini, 7 a Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Francischini, 3 a Comissão de Segurança Pública, e outros 3 ao bloco parlamentar PSL/PTB.

Novas nomeações devem ser feitas para compor os gabinetes dos deputados Adelino Ribeiro (Patriotas), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV), que assumem as vagas deixadas. O deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Casa, convocou os novos parlamentares para assumirem os mandatos na sessão ordinária da próxima segunda-feira (8).

O TSE determinou que a votação recebida pelo deputado Delegado Francischini na eleição de 2018 seja anulada. Dessa forma, uma nova totalização é realizada pelo TRE. O parlamentar obteve uma votação recorde no último pleito, com mais de 400 mil votos, colaborando para a eleição dos demais deputados. Com o recálculo realizado pelo Tribunal, houve uma nova distribuição de votos válidos e, dessa forma, a recomposição das demais vagas, fazendo com que os outros três deputados do partido perdessem a vaga.

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